Lula volta a criticar ocupação territorial da Ucrânia após reunião com presidente da Finlândia
Por sua vez, Sauli Niinistö destacou que ele e Lula concordam que a invasão do território ucraniano pela Rússia foi "ilegal"
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247 - Em entrevista ao lado do presidente de Finlândia, Sauli Niinistö, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil se manterá neutro sobre a guerra da Ucrânia para ser capaz de ajudar a negociar um acordo de paz.
"O Brasil desde que começou essa guerra fez críticas à ocupação territorial da Ucrânia", disse Lula. "Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, de colocar uma proposta de paz na mesa, que tem que ser combinada com os dois".
Lula aponta, no entanto, que esse momento parece ainda não ter chegado para ambos. "Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra", completou.
Por sua vez, Niinistö destacou que ele e Lula concordam que a invasão do território ucraniano pela Rússia foi "ilegal" e afirmou que qualquer tentativa de se alcançar a paz é válida. "Mas acredito que nesse momento isso não está à vista", ressaltou.
Lula também afirmou que ouviu "com muito interesse" as considerações do líder finlandês sobre a guerra na Ucrânia e que a visão do Brasil, que está a 14 mil quilômetros da região, tem que ser diferente da Finlândia, que divide com a Rússia 1.300 km de fronteiras. O presidente ainda citou que o Brasil tem a expectativa de alcançar um acordo equilibrado entre o Mercosul e a União Europeia.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Finlândia na América Latina. Em 2019, a corrente bilateral foi de 684 milhões de dólares estadunidenses, tendo o Brasil importado 473 milhões de dólares e exportado 210 milhões de dólares. O principal produto da pauta de exportação brasileira é o café, enquanto a pauta de importação é dominada por máquinas mecânicas. A cooperação em ciência, tecnologia e inovação é um dos principais eixos das relações bilaterais. Assista:
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