Líbia usa civis como escudo humano

Kadafi coloca moradores da cidade de Misrata na frente de tanques para impedir ataques de rebeldes; fotgrafo brasileiro descreve cenrio de horror no pas; Otan tem dificuldades para bombardear posies das foras do governo



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O fotógrafo brasileiro André Liohn afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o ditador líbio Muamar Kadafi utiliza civis como escudo humano para inibir os ataques de rebeldes e os bombardeios da Otan. Foi Liohn quem divulgou a morte dos fotógrafos Tim Hetherington e Chris Hondros por intermédio de sua página no Facebook. Ambos foram atingidos por morteiros disparados pelas forças governamentais. “Eles chegaram mortos ao hospital”, contou Liohn. O brasileiro participou do reconhecimento dos corpos dos dois colegas de profissão.

Liohn está em Misrata, cidade controlada pelos rebeldes. Ele acompanhou um grupo de revolucionários em missão de resgate de duas famílias. Elas funcionavam há dois meses como escudo humano por soldados do exército líbio. Esse tipo de barbaridade foi usada por aliados de Kadafi desde o início das manifestações contra seu governo. Segundo agências de notícias, centenas de líbios já morreram nessa condição.

Além disso, a guerra civil adquiriu aspectos de confronto urbano, o que dificulta a ação da Otan, inteiramente baseada em bombardeios aéreos. Segundo Liohn, a organização não consegue agir contra o exército de Kadafi, sem correr o risco de atingir os insurgentes. Por isso, as forças rebeldes pedem que a Otan envie forças internacionais por terra. Essa é uma reivindicação difícil de ser atendida pelos países do Ocidente, pois certamente implicaria em mortes de soldados das forças internacionais.

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