Kuleba diz que a Ucrânia não está brava com os EUA retendo inteligência sobre o motim de Prigozhin

A inteligência dos EUA, de acordo com relatos da mídia, tinha informativos mostrando as primeiras indicações de que Prigozhin tentaria uma rebelião contra o governo russo

Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba
Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba (Foto: REUTERS/Murad Sezer)


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(Sputnik) - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse durante uma entrevista à CNN que não está chateado com o fato de os Estados Unidos terem retido informações de inteligência indicando que Yevgeny Prigozhin e suas forças do Grupo Wagner realizariam um motim, mas fica frustrado quando os Estados Unidos demoram muito fornecer à Ucrânia certas armas.

"Não, só me sinto frustrado com os Estados Unidos quando as decisões sobre a entrega de certos tipos de armas à Ucrânia levam mais tempo do que eu gostaria", disse Kuleba nesta terça-feira (27).

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A inteligência dos EUA, de acordo com relatos da mídia, tinha informativos mostrando as primeiras indicações de que Prigozhin tentaria uma rebelião contra o governo russo, mas a ocultou da maioria dos aliados, incluindo a Ucrânia, por temer que fosse interceptado por adversários. A própria Ucrânia não teve nenhuma avaliação de sua própria inteligência de que o motim ocorreria, disse Kuleba.

A organização paramilitar Grupo Wagner ocupou um quartel-general do exército russo na cidade de Rostov-on-Don, no sul, na noite da última sexta-feira (23). Antes disso, Prigozhin acusou o Ministério da Defesa da Rússia de atacar os acampamentos do grupo militar. O Ministério da Defesa da Rússia rejeitou a acusação, enquanto o Serviço Federal de Segurança da Rússia abriu um processo criminal contra Prigozhin por organizar um motim armado. Prigozhin disse que as forças do Grupo Wagner estavam indo para a capital russa, Moscou.

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No sábado (24), o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, anunciou que estava envolvido em negociações com Prigozhin, conforme acordado com o presidente russo, Vladimir Putin, e eles chegaram a um acordo para desescalar a situação. Prigozhin disse então que o Grupo Wagner recuaria para suas bases. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as acusações contra Prigozhin seriam retiradas e ele seria enviado para a Bielorrússia.

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