John Galliano pode pegar seis meses de prisão
Acusado de injrias anti-semitas, ex-chefe da Dior foi demitido da grife de luxo; estilista teve sentena adiada para setembro
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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - O ex-costureiro da Dior, John Galliano, que estampou as machetes em fevereiro após uma briga em um bistrô parisiense, se apresentou hoje ao tribunal correcional de Paris por insultos anti-semitas. Após oito horas de julgamento, teve sua audiência adiada para 8 de setembro. Aos 50 anos, o estilista britânico, demitido da maison Dior depois desse escândalo, pode pegar 6 meses de prisão e pagar uma multa de 22,5 mil euros.
Foi no dia 24 de fevereiro que a carreira do costureiro desmoronou. Naquela noite, ele foi parado pela polícia bêbado após uma discussão no terraço Perle, um pequeno restaurante perto de sua casa no bairro parisiense Marais. Um casal o acusou de proferir palavras ofensivas de caráter anti-semita. O caso, propagado na midia, desencadeou uma bola de neve. No dia 26 de fevereiro, uma mulher de 48 anos afirma também ter sido vítima das injúrias da John Galliano, no dia 8 de outubro de 2010. Dois dias depois, o site do tablóide britânico The Sundévoile divulga um vídeo em que ele aparece visivelmente bêbado xingando pessoas ao seu lado, no mesmo café, e dizendo : "Eu adoro Hitler".
Uma esmagadora evidência contra o costureiro vedete ? John Galliano, que nega qualquer anti-semitismo, alegará um vício em álcool e medicamentos em sua defesa. De acordo com seu advogado Aurélien Hamelle ele já teria iniciado um tratamento. « Para ele, a questão de que está sendo acusado não reflete em nada seu pensamento. Ele não é anti-semita e nem racista », afirma Hamelle. Sem o respaldo da discretíssima maison Dior, dificilmente ele conseguirá escapar desse escândalo com tantas provas.
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