Itália está de volta entre os grandes

Mario Monti se encontra hoje com o casal franco-alemo para resolver impasse poltico na Europa. A Frana quer convencer a Alemanha da necessidade da interveno em massa do Banco Central Europeu para acabar com o contgio da crise na zona do Euro

Itália está de volta entre os grandes
Itália está de volta entre os grandes (Foto: Tony Gentile/REUTERS )


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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Acabou a era Berlusconi. Não se tira mais sarro do Cavaliere, boicotado por seus vizinhos europeus na cúpula de 16 de outubro. A Itália está de volta entre os grandes. Mario Monti, o novo primeiro-ministro, irá se juntar hoje a Nicolas Sarkozy e Angela Merkel para um compromisso quase inesperado, mas necessário: a crise financeira não dá nenhuma trégua e ameaça contagiar toda a zona do Euro.

Em Estrasburgo, os três líderes que representam 70% do Euro chegam armados para um plano de batalha na Europa. Apesar do socorro e das mudanças de governo nos países mais frágeis - Espanha, Grécia, Portugal, Irlanda e Itália - o mal-estar europeu continua. A urgência não é mais apenas interromper o surto grego, ou mesmo fornecer um "firewall" para apagar o fogo perto do Mediterrâneo. A Europa enfrenta agora uma crise política e institucional.

Um Mario Monti combativo e voluntário, não o líder de uma Itália enfraquecida pelos ataques dos mercados, chegará na França para discutir a convergência econômica e a modificação do Tratado de Lisboa. Reivindicado há semanas pela Alemanha, essa mudança visa endurecer as regras da boa gestão financeira. Berlim quer ir mais longe introduzindo a devida diligência sobre os orçamentos nacionais dos países da zona do euro, e a capacidade de punir ou de colocar sob tutela um Estado que coloque em perigo seus parceiros.

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Por sua vez, Nicolas Sarkozy tem de convencer Angela Merkel a aceitar o princípio de compra sem restrições de dívidas dos Estados em dificuldades pelo Banco Central Europeu. O BCE imprime dinheiro, seus recursos são ilimitados. Outras instituições, como o Fed americano o fazem bem. Por que não o BCE? Paris tem usado esse argumento. A Comissão Europeia apoia essa ideia, lembrando que o BCE tem um duplo objetivo: o de controlar a inflação, mas também garantir a estabilidade da zona euro. « É isso ou a catástrofe », disse o governo polonês.

Mas Berlim ainda é contra uma intervenção em massa por parte do BCE. Mas isso pode mudar. « A Alemanha não pode ficar insensível ao contágio da crise que agora afeta até mesmo os países mais fortes como a Finlândia e a Holanda. É sua prosperidade que está em jogo », disse um alto-comissário. Antes, porém, Angela Merkel terá de convencer sua classe política e a opinião pública. E para isso, a chanceler alemã precisa de um forte comprometimento de todos os parceiros, liderados pela França, a fortalecer, sem falha, suas disciplinas fiscais.

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