Hamaoka, a usina mais perigosa do mundo

Acredite: o Japo tem outra central nuclear, com cinco reatores, no meio de trs placas tectnicas



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247 – Desde 9 de março, quando um terremoto seguido de tsunami devastou o Japão, Fukushima foi a cidade mais citada no mundo no Google e nas redes sociais. O desastre, classificado em grau máximo, deixou mais de 11 mil mortos e fez com que 100 mil pessoas perdessem seus lares. Foi ainda a maior catástrofe natural já registrada na história, o que obrigou vários países a rever seus planos nucleares.

Mesmo no Japão, onde a fonte nuclear é uma das principais garantias de energia para o desenvolvimento, protestos em várias regiões do país pediram o fechamento das usinas. Pois existe uma que é, potencialmente, muito mais perigosa do que Fukushima. Ela se chama Hamaoka, fica na região de Tokai e está localizada exatamente no centro de três placas tectônicas, no país mais sujeito a terremotos em todo o mundo.

Hamaoka tem cinco reatores e a população de Hokai, em pânico, já exige seu fechamento. Administrada pela empresa Chubu Electric, a planta está numa região que já sofreu quatro grandes terremotos ao longo de sua história: de 8,4 graus em 1498, de 7,9 em 1605, de 8,4 em 1707 e de 8,4 em 1854. Ou seja: há uma frequência histórica de um terremoto a cada 150 anos. Como o último ocorreu há 157 anos, o próprio governo japonês estima ser alta a possibilidade de um novo tremor nos próximos anos. Fala-se até no “Grande Tokai”, que estaria prestes a ocorrer.

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O movimento antinuclear é cada vez mais forte no Japão. Antes de Fukushima, 28% da população era contra esse tipo de energia. Hoje, o número é de 41%. E muitos já pedem o fechamento de Hamaoka.

Fukushima

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O governo do Japão propôs na última sexta-feira um orçamento especial de US$ 50 bilhões (cerca de 4 trilhões de ienes) para contribuir nos esforços de reconstrução e planos de erguer 100 mil casas temporárias para os sobreviventes do terremoto e tsunami ocorridos no mês passado. "Este é o primeiro passo na direção da reconstrução após o desastre", afirmou o ministro das Finanças, Yoshihiko Noda.

Os desastres destruíram rodovias, portos, fazendas e lares, além de terem danificado uma planta de energia nuclear, forçando dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas por pelo menos vários meses. O governo calcula que os prejuízos podem chegar a até US$ 309 bilhões, fazendo desta a tragédia natural mais cara do mundo.

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A expectativa é que o orçamento extra de US$ 50 bilhões para ajudar na reconstrução seja apenas o primeiro de vários outros que serão necessários. Cerca de US$ 15 bilhões desse total serão usados para reparar estradas e portos e mais de US$ 8,5 bilhões irão para a construção de lares temporários e remoção de entulho.

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