Há um 'enorme vácuo' na área de estabilidade estratégica e um acordo de segurança internacional é necessário, diz Kremlin
O porta-voz Dmitry Peskov acrescentou que a Rússia precisa ter relações de trabalho com vários países para elaborar novos acordos internacionais
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247 - Há um "enorme vácuo" no campo da estabilidade estratégica, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (29), acrescentando que novos acordos de segurança internacional são necessários. "Neste campo, o campo do controle de armas, estabilidade estratégica, agora, é claro, há um enorme vácuo que precisa ser preenchido urgentemente, em teoria, com novos atos de direito internacional que regulem esta situação", disse Peskov a repórteres .
O porta-voz acrescentou que a Rússia precisa ter relações de trabalho com vários países para elaborar novos acordos internacionais. "Para fazer isso, você precisa ter relações bilaterais funcionais com vários Estados, que no momento não temos e também não por nossa culpa", disse Peskov.
A Rússia suspendeu sua participação no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start) com os Estados Unidos em fevereiro, argumentando que Washington queria que cumprisse suas obrigações incondicionalmente, embora fosse arbitrário sobre seus próprios compromissos. Embora a Rússia tenha suspendido a operação do tratado, Moscou ainda adere às suas principais restrições quantitativas sobre ogivas e porta-aviões, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov.
Lideranças do G7 disseram após a Cúpula de Hiroshima que o Tratado de Não Proliferação (TNP) de Armas Nucleares deve ser mantido "como a pedra angular do regime global de não-proliferação nuclear e a base para a busca do desarmamento nuclear e usos pacíficos da energia nuclear". O comunicado final diz ainda que os líderes dos países do bloco querem intensificar os esforços de desarmamento para atingir o objetivo final de um mundo sem armas nucleares. Os "sete países mais industrializados" exigiram que a Rússia voltasse à plena implementação do TNP e criticaram a percepção de que a China estaria aumentando seu arsenal nuclear "sem transparência nem diálogo significativo".
O Ministério das Relações Exteriores da China, no entanto, apontou que as nações do G7 estão criticando a política nuclear de outros países, enquanto elas mesmas minam o sistema internacional de desarmamento nuclear e a confiança da comunidade global. A pasta repetidamente denunciou, por exemplo, a recente Declaração de Washington assinada pelos líderes norte-americanos e sul-coreanos, que prevê a criação do Grupo Consultivo Nuclear. Os EUA garantiram a Seul que usariam todas as medidas, incluindo armas nucleares, no caso de uma agressão da Coreia do Norte, e prometeram enviar submarinos com mísseis nucleares para a Península Coreana. (Com Sputnik).
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