Guterres insta o Conselho de Segurança a criar condições para o envio de força multinacional ao Haiti
O governo do Haiti solicitou essa ajuda em outubro, assim como muitos cidadãos haitianos, acrescentou Guterres
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(Sputnik) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta quinta-feira (6) a todos os membros do Conselho de Segurança e outros países envolvidos para criar um ambiente para o envio de forças multinacionais para ajudar a polícia haitiana.
"Apelo aos membros do Conselho de Segurança e a todos os potenciais países contribuintes relevantes para agir agora para criar as condições para o envio de uma força multinacional para ajudar a Polícia Nacional do Haiti", disse Guterres à imprensa. O governo do Haiti solicitou essa ajuda em outubro, assim como muitos cidadãos haitianos, acrescentou.
Na tarde de quinta-feira, os membros do Conselho de Segurança da ONU também devem discutir a terrível situação humanitária. O governo haitiano solicitou forças armadas especializadas em cartas datadas de 7 de outubro de 2022 e 7 de junho para aumentar a ajuda de segurança no Haiti, enquanto luta para lidar com gangues violentas.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), quase 3 milhões de crianças no Haiti precisam urgentemente de ajuda humanitária, o maior número já registrado em meio a uma crise social e política no país.
O Haiti está há muito tempo atolado em uma crise sociopolítica que se agravou após o assassinato do então presidente Jovenel Moise em 7 de julho de 2021. O país enfrentou um aumento sem precedentes nas atividades de grupos criminosos, enquanto a situação humanitária se deteriorou ainda mais devido a desastres naturais, como inundações severas, chuvas torrenciais e terremotos.
Em maio, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, disse que o Haiti estava à beira de um "abismo" em relação à situação dos direitos humanos no país. A Organização Internacional para Migração estimou no início de junho que mais de 165.000 pessoas foram deslocadas internamente no Haiti nos primeiros três meses de 2023 devido à violência de gangues, assassinatos e sequestros, bem como uma situação humanitária terrível.
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