Greve de 48 horas no Chile começa com violência

Paralisao convocada por estudantesj teve nibus queimadoe conta com uma dezena de barricadas na zona metropolitana da capital Santiago



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Um ônibus foi incendiado em Santiago nesta terça-feira, no primeiro dia de uma greve nacional de 48 horas no país, informa o jornal La Tercera em seu site. Além disso, foram montadas uma dezena de barricadas na zona metropolitana da capital chilena e ocorreram confrontos entre manifestantes encapuzados e a polícia afirma o diário.

Não há ainda informações sobre feridos ou pessoas presas, nem sobre o tamanho da adesão à greve. A paralisação foi convocada pelos estudantes do país, que exigem ensino superior gratuito e de melhor qualidade. Atualmente, apenas 40% dos estudantes conseguem não pagar os estudos na faculdade, por serem filhos de pais de baixa renda. Há meses há aulas suspensas em escolas e universidades.

Segundo o La Tercera, cerca de 10 pessoas encapuzadas cercaram o ônibus. Os passageiros e o motorista desceram, e então os homens começaram a incendiar o veículo. O fogo já foi controlado pelas autoridades.

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Um dos pontos de tensão na capital fica em frente à Universidade de Santiago, informa o jornal. O comandante da polícia Ricardo Contreras disse que foi preciso intervir no local, pois os manifestantes chegaram a interromper o trânsito na área "de maneira muito violenta", lançando objetos em chamas, "obstruindo o trânsito e colocando em risco pedestres, motoristas e passageiros".

O ministro porta-voz do governo, Andrés Chadwick, minimizou os incidentes ocorridos pela manhã. O país "está em absoluta normalidade", disse a autoridade, segundo o site do jornal El Mercurio. Ele também notou que os responsáveis por abusos nos protestos serão punidos.

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Na cidade de Puerto Montt foram registrados problemas na rota Chinquihue, bloqueada por manifestantes, segundo El Mercurio. O presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Camilo Ballesteros, lamentou a violência, por desviar o foco dos protestos. "Terminamos discutindo a violência, não a educação", notou.

Estão previstas para a quarta-feira várias marchas pelo país, informa o La Tercera. Segundo esse jornal, o governo prepara um projeto para regular o lucro das universidades e sancionar as que não cumprirem as regras. O texto deve ser enviado ao Parlamento nos próximos dias.

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