François Hollande é o novo líder da esquerda francesa

Debochado por seu ar inofensivo e pelas derrotas do Partido Socialista sob seu comando, o deputado de Corrze vira a pgina e se torna o grande rival de Nicolas Sarkozy na eleio presidencial de 2012



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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – A França acordou hoje com um novo líder socialista. François Hollande obteve 56% dos votos das primárias do PS no último domingo, frente a Martine Aubry, com 44%. Tudo indica que ele será o principal adversário de Nicolas Sarkozy na corrida presidencial de 2012. A sua escolha, disputada em uma eleição aberta ao público inédita na história do país, deixou mais do que claro a preferência dos eleitores de esquerda pelo francês. Mas nem sempre foi assim.

Até meados de 2011, François Hollande era visto como o passado do PS e tinha poucas chances de se tornar o candidato da esquerda pela presidência – não por falta de vontade. Desde que ingressou na política, sua ambição era chegar no Elysée. Mas sua mulher por quase trinta anos e mãe de quatro de seus cinco filhos passou na sua frente. Segolène Royal roubou a cena e o deixou em segundo plano até 2007. Ela conquistou os militantes de esquerda e se lançou candidata contra Nicolas Sarkozy. Mas após sua derrota, o casal Hollande-Royal.

Desde então, ele procurou se desvencilhar das derrotas do partido socialista, que passou 11 anos sob seu comando, e de sua ex-mulher. Deixou suas habituais piadas e seu temperamento conciliador de lado. Tornou pública sua nova relação, com a jornalista política Valérie Trierweiler, e assumiu as rédeas de sua imagem. Perdeu quase vinte quilos, trocou os óculos grosseiros para um mais estiloso e passou a trajar ternos alinhados sob medida.

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Um novo François Hollande passou a desfilar pela política francesa e não passou despercebido. Enquanto Martine Aubry assumia sua marca a frente do PS e Segolène Royal contestava sua legitimidade, o deputado de Corrèze preparava seu ataque. Quando Dominique Strauss-Kahn caiu após um escândalo de agressão sexual nos Estados Unidos, ele percebeu que desta vez tinha todas as chances do seu lado. Com um discurso mais ponderado sobre a educação, produção e redestribuição ele deixou seus adversários pouco a pouco para trás.

Aos 57 anos, ele vence sua primeira grande batalha. A próxima será convencer os eleitores da direita de suas boas intenções.

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