França propõe regra global de segurança nuclear
Sarkozy apresenta o plano no Japo; na Sua, carta-bomba explode numa usina e fere duas pessoas
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247 – O presidente da França, Nicolas Sarkozy, iniciou nesta quinta-feira uma visita oficial ao Japão para prestar solidariedade às vítimas do terremoto, que matou mais de 11 mil pessoas. Sarkozy também foi prestar contas. A França, que tem a maior base de energia nuclear do mundo, proporcionalmente ao total consumido no país, forneceu o combustível atômico utilizado em Fukushima, à base de urânio e plutônio, que já provoca níveis de radiação altíssimos no mar – 4.350 vezes acima do máximo permitido.
Sarkozy também propôs um encontro internacional em Paris, no mês de maio, com representantes de todos os países do G20, para a definição de um padrão global de segurança nuclear. A França possui 58 reatores em operação e gera 75% de sua energia a partir de fontes atômicas. A multinacional francesa Areva é a empresa que comanda o lobby internacional pela expansão da energia nuclear. “Não é normal que não existam normas globais de segurança nuclear”, disse Sarkozy, no Japão, ao lado do primeiro-ministro Naoto Kan.
Na Suíça, uma carta-bomba explodiu na manhã de hoje numa usina de Olten, ferindo dois funcionários. No Brasil, também estão sendo discutidas novas normas de segurança. A primeira delas é a construção de dois píeres em Angra dos Reis, ao custo de R$ 49 milhões, para um plano de fuga pelo mar. No Brasil, a fonte nuclear é a mais cara de todos – com custos superiores até aos da energia eólica – e também desnecessária. “Estamos importando um problema que não precisamos ter”, disse ao Brasil 247 o físico José Goldemberg, professor da USP e especialista no tema.
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