França pede "sangue frio" aos amigos turcos
Governo de Sarkozy aprovou uma lei que torna ilegal a negao do assassinato em massa de armnios por turco-otomanos quase um sculo depois do genocdio. Medida irritou a Turquia, que ameaou uma "total ruptura" dos laos diplomticos
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247 com agências internacionais - A França aprovou nesta segunda-feira uma lei que torna ilegal a negação do assassinato em massa de armênios por turco-otomanos quase um século depois do genocídio, irritando a Turquia que ameaçou uma "total ruptura" dos laços diplomáticos.
Os senadores aprovaram por 127 votos a 86 a lei depois de quase seis horas de debate. A Câmara já havia aprovado o projeto em dezembro, o que fez a Turquia suspender todos os encontros econômicos, políticos e militares com a França e chamar de volta o seu embaixador em Paris para consultas.
A lei agora vai para a sanção do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Segundo o governo turco, a medida é uma aposta de Sarkozy para conquistar o voto de 500 mil armênios na França na eleição presidencial de 22 de abril.
O Império Otomano foi dissolvido após o fim da guerra, mas os governos turcos sucessivos e a vasta maioria dos turcos acreditam que a acusação de genocídio é um insulto direto à nação. O governo turco argumenta que houve uma grande perda de vidas em ambos os lados durante os confrontos na região.
A lei prevê uma multa máxima de 45 mil euros e um ano de prisão para quem descumpri-la. A França aprovou uma lei reconhecendo o assassinato de armênios como genocídio em 2001.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, pediu nesta terça-feira "sangue frio" à Turquia depois que o Parlamento francês aprovou uma lei que pune a negação do genocídio armênio, destacando que estendia a mão a esta "grande potência econômica".
"Nós precisamos ter boas relações" com a Turquia. "Passada esta onda um pouco excessiva, é preciso dizer, estou convencido de que voltaremos a ter relações construtivas" com Ancara, acrescentou.
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