França empurra caças à Índia e aumenta chances com o Brasil

A Dassault venceu licitao de 12 bilhes de dlares para produzir 126 Rafales para o governo indiano. Estreia no mercado internacional pode destravar substituio de frota da FAB, que conta com o apoio de Lula

França empurra caças à Índia e aumenta chances com o Brasil
França empurra caças à Índia e aumenta chances com o Brasil (Foto: Pascal Rossignol/REUTERS)


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Roberta Namour – Na tarde de ontem, a França pode respirar um pouco mais aliviada. O governo da Índia selecionou o avião de caça francês Dassault Rafale numa concorrência gigante visando o fornecimento de 126 aparelhos para sua Força Aérea, em uma licitação de 12 bilhões de dólares. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, saudou a decisão, indicando que a negociação do contrato "incluirá importantes transferências de tecnologia garantidas pelo Estado francês".

A conclusão de um tal acordo representa muito mais do que de 12 bilhões de dólares para a França. Para o Rafale, significa em primeiro lugar o início de uma carreira internacional, depois de provar sua performance na Líbia. Por trás disso estão grandes grupos industriais, como a Dassault Aviation, a fabricante de motores Safran e a eletrônica da defesa Thales. E mais ainda, a indústria francesa sai também vencedora: 500 empresas com seus 6 mil empregados participam do Rafale.

Além disso, a escolha da Índia é um grande trunfo para a França na disputa que corre no Brasil. No final do seu mandato, o presidente Lula declarou preferência para a tecnologia francesa, apesar de mais cara. Mas o processo foi paralisado pela gestão Dilma Rousseff, que decidiu dar prioridade para outras áreas.

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O Rafale disputa com o americano F-18 E/F, da Boeing, e o Gripen NG, da Saab, uma licitação pela compra por parte do governo brasileiro de 36 caças para substituir a atual frota da Força Aérea Brasileira (FAB) a partir de 2016. O contrato para a venda dos caças pode chegar a R$ 6,7 bilhões.

Na Índia, cada Rafale com pacote de armas e transferência tecnológica poderá sair por cerca de US$ 90 milhões, menos da metade do valor apresentado nas negociações brasileiras até aqui. Vale lembrar que a quantidade maior de aviões barateia custos. Lá, o Rafale derrotou o Eurofighter Typhoon, produzido pelo consórcio europeu EADS.

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