França e Reino Unido já marcam território

Em visita relmpago Lbia, o presidente francs, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britnico, David Cameron, ignoram o ainda combativo Muamar Kadafi



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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – No Elysée, a notícia da visita relâmpago de Nicolas Sarkozy à Líbia foi tratada como segredo de Estado até a noite de ontem por questões de segurança. As 6h da manhã de hoje (horário local), o presidente francês decolou rumo à Trípoli, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, para se encontrar com o primeiro-ministro britânico David Cameron.

A programação da viagem inclui uma reunião com o líder do Conselho Nacional de Transição líbio, Mustafa Abdel Khalil, e com seu primeiro-ministro, Mahmoud Jibril. Sarkozy pode também visitar um hospital de Trípoli. Em seguida, os líderes estrangeiros devem se dirigir a Benghazi, a capital da rebelião, onde discursarão na Praça da Liberdade.

Para esse tour, 160 policiais franceses foram enviados à capital da Líbia para reforçar a segurança dos ilustres estrangeiros. Apesar do CNT ter conquistado o reconhecimento da comunidade internacional, o país segue em guerra contra as tropas fiéis ao ditador Muammar Kadafi. Na última terça-feira, aviões da Otan reforçaram a ofensiva em favor dos rebeldes com bombardeios em Syrte e Waddan. Ontem à noite, Kadafi – alvo de um mandato internacional da Interpol - acusou a Otan de terrorismo e destruição.

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Além disso, o Qatar, que financiou parte da revolução contra o ex-líder líbio, criticou energicamente a presença de Mahmoud Jibril no comando do novo governo. Segundo o xeique Ali Sallabi, ele pode impôr um sistema totalitário para controlar o Estado.

Mas essa instabilidade política não parece frear as ambições da França e do Reino Unido. Os dois dirigentes europeus decidiram não esperar para plantar suas raízes nesse começo de governo. Chegou a hora de a comunidade internacional cobrar dos rebeldes as promessas feitas durante a « campanha ». Contratos bilionários, principalmente no campo do petróleo, estão em jogo. E tudo indica que ninguém pretende largar o osso facilmente.

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