Forças do governo matam 12 manifestantes no Iêmen

Protestantes pedem a renncia do presidente Ali Abdullah Saleh, que est na Arbia Saudita, e a queda do governo



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Forças do governo do Iêmen abriram fogo contra manifestantes neste domingo com armas automáticas e mataram pelo menos 12 pessoas, deixando vários feridos sobre as ruas na capital Sanaa, disseram testemunhas. Os manifestantes pedem a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh e a queda do governo. Saleh está na Arábia Saudita.

O ataque das forças do governo foi o incidente mais mortífero em meses contra a oposição e ocorre num momento de impasse político. Saleh deixou o país em 3 de junho após ter sido ferido em um atentado no palácio presidencial e ter sofrido graves queimaduras. Ele foi para a Arábia, onde recebe tratamento médico, mas se recusou a renunciar.

A oposição iemenita voltou a aumentar os protestos na semana passada, após Saleh ter instruído seu vice-presidente a regressar ao Iêmen e tentar conseguir um acordo de transferência de poder. Muitos acreditam que essa é mais uma tática contemporizadora do mandatário, que governa o país há 32 anos.

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Neste domingo, mais de 100 mil manifestantes foram às ruas de Sanaa e protestaram perto do prédio da televisão estatal e dos escritórios do governo, disseram testemunhas. Quando a multidão começou a marchar para o palácio presidencial, as forças do governo abriram fogo. Francoatiradores que estavam nos telhados de casas também dispararam. Beduínos partidários do presidente Saleh também avançaram contra a multidão armados com porretes, espadas e rifles.

"Este protesto pacífico foi confrontado com armas automáticas e até armas antiaéreas", disse Mohammed al-Sabri, porta-voz da oposição. Ele prometeu que a oposição irá escalar os protestos e não desistirá.

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O médico Mohammed al-Abahi, do Hospital de Sanaa, disse que pelo menos 12 manifestantes foram mortos a tiros e mais de 200 estão feridos. Segundo ele, 25 dos feridos estão em condições críticas. O médico acusou a polícia e os partidários de Saleh de impedirem que as ambulâncias retirassem feridos das áreas centrais da cidade e até corpos de manifestantes mortos. As informações são da Associated Press.

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