"Foi um desencontro normal", diz Celso Amorim sobre ausência de Zelensky para conversa com Lula

Assessor especial do presidente Lula negou que o Brasil tenha uma posição pró-Rússia: "eu viajei quase 50 horas para ver o Zelensky em Kiev. Não se pode desprezar isso"

Lula, Celso Amorim e Volodymyr Zelesnkiy
Lula, Celso Amorim e Volodymyr Zelesnkiy (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Adriano Machado | Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS)


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247 - Assessor especial do presidente Lula (PT) para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim afirmou que o "desencontro" entre o mandatário brasileiro e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não prejudica os esforços do Brasil em busca do fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Não sei exatamente como foi, eu não estava lá, mas ele [Lula] veria o Zelensky, sem problemas. Foi um desencontro normal nesse tipo de reunião, em que há muitos pedidos de conversa. O presidente tinha agenda com diversos outros líderes. Não se poderia esperar que fosse ficar à disposição. Não é bem assim”, afirmou Amorim à CNN Brasil. "Segundo entendo, Zelensky não apareceu na hora aprazada. Como dizem em inglês: ‘no hard feelings’ [sem ressentimentos]".

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Lula e Zelensky haviam combinado uma conversa no Japão, onde ambos participaram de uma reunião do G7. No entanto, a parte ucraniana não compareceu. "O fato é muito simples, tinha uma bilateral com a Ucrânia aqui neste salão. Nós esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, eu recebi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outro compromisso e não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso o que aconteceu", relatou Lula.

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Celso Amorim negou que a não realização do encontro significaria uma suposta posição pró-Rússia do governo brasileiro. “Como assim? Eu viajei quase 50 horas para ver o Zelensky em Kiev [há duas semanas]. Não se pode desprezar isso. Tivemos uma conversa muito cordial".

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