Feridos, centenas de sírios deixam o país

Massacrados pelo ditador Bashar Al Assad, dissidentes cruzam a fronteira com o Lbano



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Centenas de sírios, alguns com ferimentos provocados por disparos de armas de fogo, cruzaram a fronteira com o vizinho Líbano em busca de refúgio após a crescente violência em seu país. A maioria chegou à fronteira pouco depois de as forças de segurança Sírias terem aberto fogo contra manifestantes contrários ao governo em todo o país na sexta-feira. Ativistas sírios dizem que 20 pessoas morreram, dentre elas duas crianças com 12 e 13 anos.

Os Comitês Locais de Coordenação, grupo que acompanha os protestos Sírios, disseram que a maioria das mortes aconteceu no bairro de Barzeh, na capital do país, Damasco, e no subúrbio de al-Kaswa. Outros morreram quando forças de segurança abriram fogo na cidade central de Homs, fazendo com que os moradores fugissem para a fronteira libanesa, que fica a 30 quilômetros de distância.

A oposição síria disse que cerca de 1.400 pessoas foram mortas durante a repressão do governo contra o movimento que exige o fim das quatro décadas de governo da família Assad. O levante popular é renovado a cada sexta-feira, após as orações muçulmanas.

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A violência fez com que milhares de sírios buscassem refúgio em países vizinhos. Cerca de 1.000 cruzaram a fronteira na região de Akkar, no Líbano, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, informou um oficial de segurança libanês.

Muitos fizeram a travessia pela vila de Kneiseh, que faz fronteira com a vila síria de al-Quseir, local onde ativistas sírios disseram que as forças de segurança dispararam contra manifestantes na sexta-feira.

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Pelo menos seis sírios com ferimentos a bala estavam entre os refugiados, disse o oficial libanês, falando em condição de anonimato. Os feridos receberam tratamento em hospitais de Akkar.

Os novos refugiados se juntam a outros sírios que fugiram para o Líbano em maio e no início de junho, a maioria durante a repressão do Exército sírio na cidade fronteiriça de Talkalakh, a alguns minutos de Wadi Khaled, no Líbano.

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Ao contrário do êxodo anterior, quando os desalojados ficaram acampados do lado libanês da fronteira, muitas das pessoas que chegam atualmente ficam com parentes ou em outros locais em Beirute, afirmou o oficial.

A recente ação militar no noroeste da Síria, onde a resistência armada estourou no início de junho, também fez com que mais de 11.700 refugiados se dirigissem para a Turquia.

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Desafiando as armas do governo, milhares de manifestantes sírios saíram para as ruas na sexta-feira exigindo a queda do presidente Bashar Assad. "Nossa revolução é forte! Assad perdeu a legitimidade!", gritavam manifestantes na sexta-feira no subúrbio de Zabadani, em Damasco, como mostra um vídeo postado no YouTube.

É muito difícil comprovar a veracidade da realização dos protestos e da violência do governo, já que a Síria impede o trabalho de correspondentes internacionais no país e restringe a atuação de jornalistas locais.

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As ruas da Síria se tornaram o palco para o teste de resistência entre o movimento pró-democracia - que já dura três meses e apesar dos ataques se mostra resiliente - e o regime que age com mão de ferro. A última onda de protestos e assassinatos ocorre na medida em que a pressão internacional sobre Assad se intensifica.

"Nós não vamos dar apoio enquanto o regime sírio usar a repressão violenta para silenciar seu próprio povo", disse o secretário de Relações Internacionais da Grã-Bretanha William Hague depois de a União Europeia expandir as sanções - congelamento de ativos e proibição de viagens - para mais integrantes do governo de Assad.

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