EUA querem que Líbia revise caso de Lockerbie

Governo americano pede avaliao sobre expulso de acusado de atentado que matou 270 pessoas



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O governo de Barack Obama pediu à oposição líbia que revise o caso de Abdel Baset al-Megrahi, ex-funcionário da inteligência da Líbia condenado pela explosão de um avião sobre a cidade escocesa de Lockerbie. Al-Megrahi está em Trípoli desde sua controversa libertação de uma prisão escocesa dois anos atrás.

O Departamento de Estado norte-americano disse que quer que a oposição analise o retorno de al-Megrahi para a Líbia e analise a possibilidade de expulsá-lo do país se ele não morrer nesse meio tempo. Al-Megrahi, que foi libertado por compaixão em 2009 e foi recebido no país como um herói por partidários de Muamar Kadafi, está à beira da morte alternando estados de consciência, segundo seu irmão. Sua liberação pelas autoridades escocesas foi alvo de fortes protestos pelos Estados Unidos, assim como as circunstâncias de seu retorno para a Líbia.

Al-Megrahi foi condenado pela explosão do avião da Pan Am que fazia o voo 103 sobre a cidade escocesa, matando 270 pessoas, a maioria norte-americanos.

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A porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland disse que autoridades norte-americanas conversaram com graduados integrantes do Conselho Nacional de Transição líbio sobre o caso. Ela disse que o conselho concordou em analisar a questão assim que consolidar seu controle sobre o país e estabelecer um governo em pleno funcionamento.

"Nós pedimos ao conselho que, assim que puder, analise o que deve acontecer com o senhor al-Megrahi, e eles se comprometeram com isso", disse ela aos repórteres.

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"Este é um homem com sangue em suas mãos, as vidas de inocentes. A própria Líbia, sob Kadafi, fez dele um herói. Supostamente, uma Líbia nova, livre e democrática terá uma atitude diferente em relação a um terrorista condenado. É com esse espírito que o conselho vai olhar para este caso", disse Nuland.

No domingo, o ministro da Justiça do governo de nacional de transição, Mohammed al-Alagi, disse que os pedidos de punição para al-Megrahi "não fazem sentido" porque ele já foi julgado e condenado. Mas nesta segunda-feira, ele pareceu ter voltado atrás, dizendo que as autoridades sabem que a questão é importante para alguns governos e que qualquer discussão terá de esperar até que um governo eleito seja empossado.

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A libertação de al-Megrahi, após cumprir oito anos de uma prisão perpétua, enfureceu muitas das famílias das vítimas de Lockerbie a maioria norte-americanas. Alguns suspeitam que a medida foi motivada pela tentativa da Grã-Bretanha em melhorar suas relações com a Líbia.

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