EUA pressionam Índia a fazer grande compra de drones armados

Negociações avançam visando aquisição de drones armados dos EUA antes da visita do primeiro-ministro indiano

FILE PHOTO: U.S. President Joe Biden meets with India's Prime Minister Narendra Modi in the Oval Office at the White House in Washington, U.S., September 24, 2021. REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo
FILE PHOTO: U.S. President Joe Biden meets with India's Prime Minister Narendra Modi in the Oval Office at the White House in Washington, U.S., September 24, 2021. REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo (Foto: EVELYN HOCKSTEIN)


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Reuters - Às vésperas da visita oficial do primeiro-ministro indiano Narendra Modi a Washington, a administração Biden está pressionando Nova Délhi para superar sua própria burocracia e avançar com um acordo para a compra de dezenas de drones armados fabricados nos Estados Unidos, informaram duas fontes familiarizadas com o assunto. A Índia há muito tempo manifesta interesse em adquirir grandes drones armados dos Estados Unidos. No entanto, obstáculos burocráticos têm prejudicado um acordo esperado para os drones SeaGuardian, que poderia valer de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões. Negociadores dos EUA estão contando com a visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à Casa Branca em 22 de junho para romper com o impasse. Desde que a data da visita de Modi foi definida, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca solicitaram à Índia que demonstre progresso no acordo para comprar até 30 drones armados MQ-9B SeaGuardian, fabricados pela General Atomics, disseram duas fontes.

Modi e Biden também devem discutir a coprodução de munições e veículos terrestres, como transportadores blindados de pessoal, durante a visita de Modi a Washington, disseram as fontes. Os porta-vozes da Casa Branca, do Departamento de Estado e do Pentágono se recusaram a comentar sobre as negociações. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tornou o aprofundamento dos laços com a Índia um pilar de sua política para enfrentar a crescente influência da China, dando atenção especial este ano à colaboração com a Índia em tecnologias militares avançadas, apesar da falta de uma aliança formal de segurança. Nova Délhi, que muitas vezes valoriza seu não-alinhamento em conflitos entre grandes potências no exterior, tem frustrado Washington ao manter laços de defesa e econômicos com a Rússia. 

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A quebra do impasse burocrático da Índia em relação aos drones depende de uma reunião interna para gerar um documento de "Aceitação de Necessidade", um precursor indiano de uma formal "Carta de Solicitação" que inicia o processo de venda militar estrangeira. Até terça-feira (13), as fontes não sabiam se Nova Délhi havia gerado o documento interno necessário. "Essa será uma decisão que o governo da Índia precisa tomar", disse um alto funcionário da administração Biden. "Achamos que seria bom para eles prosseguirem com a compra dos MQ-9s. Mas essas decisões estão mais nas mãos da Índia do que nas nossas". Esperava-se que o assunto estivesse na agenda quando o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, chegou a Nova Délhi na terça-feira para finalizar os preparativos antes da visita de Modi. Até a semana passada, o Ministério da Defesa da Índia ainda não havia decidido o número de drones que deseja comprar, de acordo com uma pessoa familiarizada com as discussões. Anteriormente, o número estava fixado em 30, mas depois foi revisado para 24 e, em seguida, reduzido para 18 no mês passado. As fontes alertaram que nenhum dos números era final. A Índia também busca a fabricação doméstica de componentes do equipamento, o que poderia complicar qualquer acordo. 

No agrupamento do Quad, composto pelos Estados Unidos, Índia, Austrália e Japão, todos operam, ou já operaram, os MQ-9B SeaGuardian. Atualmente, a Índia está alugando MQ-9Bs como parte de uma operação de coleta de inteligência. 

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