EUA defendem operação militar mortal de Israel nos territórios ocupados de Jenin
"Apoiamos a segurança de Israel e seu direito de defender seu povo contra o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e outros grupos terroristas", disse um porta-voz estadunidense
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Télam - Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira (3) que Israel tinha o direito de "defender sua população" dos islamistas palestinos, mas pediram a proteção de vidas civis após uma ampla operação do exército israelense que deixou nove palestinos mortos em uma cidade nos territórios palestinos ocupados por Israel. "Apoiamos a segurança de Israel e seu direito de defender seu povo contra o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e outros grupos terroristas", disse um porta-voz do Departamento de Estado. Mas também é "imperativo tomar todas as precauções possíveis para evitar a perda de vidas civis" durante este tipo de ação militar, acrescentou o oficial, que pediu para não ser identificado, informou a agência de notícias AFP. O governo do presidente democrata Joe Biden pediu repetidamente moderação tanto por parte de Israel quanto dos palestinos este ano, após a morte de cerca de 200 pessoas, a maioria palestinos, até agora em 2023.
As declarações do porta-voz da pasta sob o secretário de Estado Antony Blinken chegaram horas depois que o exército israelense matou nove palestinos nesta segunda-feira no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada. A operação militar, a mais intensa de Israel na Cisjordânia em quase duas décadas, incluiu ataques com drones, em meio a uma ofensiva militar contra grupos de resistência locais aos quais o governo israelense atribui apoio do Irã. No início desta manhã, Israel atacou alvos em um reduto militante na Cisjordânia com drones e enviou centenas de soldados para a área. As forças israelenses disseram que estavam tentando atacar uma "infraestrutura terrorista" e um "centro de operações conjuntas" que, segundo eles, serve como ponto de comando para a Brigada Jenin, um grupo de militantes locais. Washington, o principal aliado de Israel, também pediu a retomada da cooperação de segurança entre o Estado judeu e as forças de segurança palestinas. Além disso, criticou o governo de extrema-direita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pelo aumento de assentamentos nos territórios que Israel ocupa desde a guerra contra os países árabes em 1967. Embora o presidente tenha apoiado a solução de dois Estados "nas fronteiras de 1967" entre Israel e Palestina, Biden mantém a decisão de seu antecessor, o republicano Donald Trump, que reconheceu toda Jerusalém como a capital de Israel e mudou a embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviva para aquela cidade. Além da Cisjordânia, Israel também ocupou Jerusalém Oriental, a parte da cidade de maioria palestina, desde 1967. Os palestinos reivindicam todos esses territórios e a Faixa de Gaza para fundar um Estado independente.
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