Estônia resiste à implantação permanente da OTAN
As forças lideradas pelos EUA devem ser capazes de implantar rapidamente na região em caso de crise, e não permanecer indefinidamente, afirma a Estônia
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RT — Um batalhão militar britânico designado para garantir a fronteira leste da OTAN não permanecerá permanentemente na Estônia, afirmou um funcionário do Ministério da Defesa em Tallinn.
Os comentários de Madis Roll, chefe do Departamento da OTAN e UE no Ministério da Defesa da Estônia, foram publicados na quarta-feira pelo canal ERR, após um anúncio do ministro da Defesa alemão Boris Pistorius nesta semana de que Berlim estaria implantando 4.000 de seus soldados em outra nação báltica, a Lituânia.
"A Alemanha está pronta para estacionar permanentemente uma brigada robusta na Lituânia", disse Pistorius durante uma visita à capital lituana, Vilnius, que sediará uma cúpula da OTAN no próximo mês. Berlim espera que sua brigada esteja pronta para implantação em 2025, mas a Lituânia teria que construir instalações para acomodar as tropas da Bundeswher primeiro.
Roll observou que a Estônia, que está em discussões com o Reino Unido sobre mais assistência militar, difere da Lituânia em suas opiniões sobre as implantações da OTAN.
"O pedido da Lituânia [à Alemanha] claramente teve uma dimensão política. Eles estão dizendo que deve haver dissuasão por meio da presença. Nossa abordagem sempre foi alcançar dissuasão por meio de capacidade militar real", enfatizou.
A posição do Ministério da Defesa da Estônia é que as forças da OTAN não precisam ser estacionadas permanentemente no país, mas devem ser capazes de vir em auxílio de Tallinn rapidamente em caso de crise, explicou o oficial.
O chefe de uma brigada liderada pelo Reino Unido reunida como parte do Agrupamento de Batalhão de Presença Avançada (eFP) da OTAN, General Brigadier Giles Harris, e alguns outros membros britânicos já chegaram à Estônia, disse Roll. Mas os lados ainda estão discutindo a escala da presença britânica e quais equipamentos da OTAN devem ser posicionados lá, acrescentou.
Após o início da operação militar da Rússia na Ucrânia, a OTAN decidiu reforçar seus grupos de combate existentes na Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia e estabelecer mais quatro formações multinacionais na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia.
Moscou, que há muito critica a expansão em direção ao leste da aliança militar liderada pelos EUA, descreveu o conflito na Ucrânia como um conflito "por procuração" travado pela OTAN contra ela.
De acordo com as autoridades russas, as armas, os fundos e as informações fornecidas a Kiev pelos EUA e seus aliados europeus estão apenas prolongando os combates, ao mesmo tempo em que aumentam o risco de um confronto direto entre a Rússia e a OTAN.
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