Esposa de ex-chanceler alemão é demitida por participar de celebração da vitória na Segunda Guerra Mundial
So-yeon Schroeder-Kim foi demitida após visitar a Embaixada Russa em Berlim para comemorar o Dia da Vitória sobre os nazistas
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RT — A esposa do ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder, So-yeon Schroeder-Kim, foi demitida de seu cargo na NRW, uma agência de desenvolvimento de negócios, depois de visitar a Embaixada Russa em Berlim para celebrar o Dia da Vitória.
"A Sra. Schroeder-Kim foi liberada com efeito imediato, e o vínculo empregatício será agora rescindido pela NRW.GlobalBusiness sem aviso prévio", disse uma porta-voz da NRW à mídia alemã na terça-feira.
A empresa explicou que havia advertido explicitamente Schroeder-Kim em várias ocasiões, ela trabalhava lá como representante da Coreia do Sul, para "não se manifestar publicamente sobre assuntos politicamente sensíveis", principalmente em relação à Rússia e à situação na Ucrânia.
A medida ocorre depois que Schroeder-Kim e seu marido visitaram a Embaixada Russa em 9 de maio para participar de uma recepção dedicada ao 78º aniversário da derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O evento contou também com a presença de outros políticos alemães, incluindo o co-presidente do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Tino Chrupalla, e o presidente do comitê do Bundestag sobre proteção do clima e energia e membro do Partido da Esquerda, Klaus Ernst.
Schroeder ele próprio enfrentou críticas por manter laços estreitos com Moscou. O ex-chanceler estabeleceu relações amigáveis com a Rússia durante seu mandato entre 1998 e 2005, e posteriormente ingressou nos conselhos administrativos da Nord Stream e Rosneft, respectivamente.
Embora Schroeder tenha se manifestado repetidamente contra a ofensiva da Rússia na Ucrânia, ele também expressou dúvidas de que se distanciar de Putin "fará algum bem". Pouco depois de Moscou lançar sua campanha militar, Schroeder viajou pessoalmente a Moscou para se encontrar com Putin. Ele tem insistido desde então que a Rússia busca uma solução negociada para o conflito em curso e se comprometeu a continuar buscando "oportunidades para conversar com o presidente Putin".
A postura do ex-chanceler o colocou em desacordo com outros membros do Partido Social-Democrata (SPD) no poder, alguns dos quais recentemente exigiram sem sucesso sua expulsão. No entanto, o SPD conseguiu retirar os privilégios parlamentares do ex-líder no ano passado.
Sob o atual chanceler alemão, Olaf Scholz, o SPD buscou reduzir os laços do país com a Rússia e sua dependência da energia russa. Berlim, sob a liderança de Scholz, também enviou bilhões de dólares em ajuda militar para as forças de Kiev.
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