Escolha de candidato da oposição vai a segundo turno na França
Rival socialista de Nicolas Sarkozy na eleio presidencial de 2012 est entre Franois Hollande e Martine Aubry, eleitos na primeira rodada das primrias do PS
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris - A eleição para a escolha do candidato socialista que enfrentará Nicolas Sarkozy na corrida presidencial da França no próximo ano terminou ontem com uma grande surpresa. Ségolène Royal, a grande rival do presidente francês no seguno turno de 2007, não apareceu nem em terceiro lugar nas primárias de seu partido. A rotineira soberba da política deu lugar a um gosto amargo que a fez chorar em público. Finalmente, o socialista François Hollande não conseguiu votos suficientes para evitar um segundo turno e vai enfrentar Martine Aubry, que ficou com 9% a menos das intenções de voto. Quase dois milhões e meio de simpatizantes de esquerda participaram da votação – um número comemorado pela base socialista na primeira vez em que um partido francês realiza uma primária aberta, no estilo das realizadas nos Estados Unidos.
Arnaud Montebourg ficou em terceiro lugar, com 17%, e Ségolène Royale, apareceu em quarto, com 7% dos votos. O único não socialista que participou da corrida, Jean-Michel Baylet, do Partido Radical de Esquerda, não ultrapassou 1% dos votos.
Aos 57 anos, François Holland foi o principal beneficiado pelo caso de abuso sexual que tirou o ex-chefe do FMI do páreo pelo Elysée. Seu plano de campanha se focou na questão da crise financeira, na reforma fiscal e na inserção dos jovens no mercado de trabalho – temas que, especialmente nesse contexto de penúria econômica na Europa, dispertam grande interesse dos eleitores. Filho de um médico ligado à extrema direita e de uma assistente social, François Hollande soube mudar sua imagem e se distanciou de seus rivais nos últimos meses. Durante mais de 20 anos, foi casado com Ségolène Royal, com quem teve quatro dos seus cinco filhos.
Face a ele, Martine Aubry assumiu a segunda posição como a mais esquerdista e ambiciosa de todos os candidatos. Idealizadora da reforma das 35 horas semanais, ela prometeu às mulheres que sua primeira lei equiparará os salários femininos aos dos homens. Filha de Jacques Delors, ex-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, ela foi ministra do Trabalho duas vezes.
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