Em comunicado conjunto, forças palestinas pedem resistência à ocupação e exclusão de Israel na ONU
Lideranças palestinas emitem lista de resoluções após reunião de emergência seguida da agressão sionista ao campo de refugiados de Jenin, Palestina ocupada
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247 — Em uma reunião de emergência, seguida da agressão sionista ao campo de refugiados de Jenin, as forças palestinas divulgaram um comunicado conjunto com resoluções que buscam resistir à ocupação israelense e promover a inclusão da Palestina na ONU, informou a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal). Entre as principais medidas anunciadas estão o cessar de todos os contatos com Israel, a manutenção da cessação da coordenação de segurança e o apoio às famílias palestinas na apresentação de processos perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra as forças de ocupação israelenses.
A liderança palestina afirma o direito de seu povo de se defender e destaca a importância da adesão ao Direito Internacional. Além disso, foi solicitado ao Conselho de Segurança da ONU que implemente a Resolução 2334 e outras resoluções relacionadas à proteção do povo palestino, incluindo a imposição de sanções à potência ocupante. O comunicado também faz referência à necessidade de buscar o reconhecimento internacional e o status de membro pleno do Estado da Palestina nas Nações Unidas. A liderança palestina pretende abrir processos contra Israel pelos massacres e destruição ocorridos durante o período da Nakba, além de solicitar ao Tribunal Penal Internacional que acelere o trâmite desses casos. Outras ações propostas incluem limitar o relacionamento com a administração dos EUA, apresentar processos contra os EUA e a Grã-Bretanha devido à Declaração de Balfour, e atuar em níveis árabe, islâmico e internacional para apoiar a postura palestina.
Essas resoluções refletem a postura da liderança palestina em relação à ocupação israelense e buscam promover a defesa dos direitos do povo palestino, bem como a busca por reconhecimento e justiça internacionalmente. O futuro das relações entre Palestina e Israel e os desdobramentos dessas resoluções ainda são incertos, mas é evidente o desejo das forças palestinas de fortalecer sua posição e obter apoio internacional.
Resoluções da liderança palestina em sua reunião de emergência em 3 de julho de 2023:
- Convocar os secretários-gerais das forças palestinas para uma reunião de emergência, para discutir e acordar uma visão nacional abrangente enquanto une as fileiras para enfrentar e responder à agressão israelense.
- Cessar todos os contatos com Israel.
- Manter a cessação da coordenação da segurança.
- Manter as atividades dos comitês populares na defesa de cidades, vilas e acampamentos. Todos os departamentos palestinos devem defender seu papel na defesa do povo palestino.
- A liderança afirma o direito de nosso povo de se defender e incumbe as instituições da Autoridade Palestina de proteger o povo palestino e de utilizar todos os seus recursos para esse fim, destacando que todos devem assumir suas responsabilidades neste campo, com ênfase na adesão ao Direito Internacional.
- À luz do descumprimento israelense dos entendimentos de Aqaba e Sharm el-Sheikh – a liderança declara que esses entendimentos não são mais válidos e não existem mais.
- Aderir às instâncias nacionais palestinas e à Organização de Libertação da Palestina como o único e legítimo representante do povo palestino, enquanto adere ao Direito Internacional, e continuar buscando o status de membro pleno do Estado da Palestina nas Nações Unidas, e garantir mais reconhecimento internacional.
- Solicitar imediatamente ao Conselho de Segurança da ONU que implemente a Resolução 2334 e as resoluções pertinentes sobre proteção internacional ao povo palestino, cessando medidas unilaterais e impondo sanções à potência ocupante.
- Solicitar ao Tribunal Penal Internacional que agilize o trâmite dos referidos casos.
- Apoiar as famílias palestinas na apresentação de processos perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra as forças de ocupação israelenses pelos massacres e assassinatos perpetrados contra civis inocentes.
- Exigir a revogação da condição de membro de Israel nas Nações Unidas devido ao seu fracasso em implementar as Resoluções 181 e 194.
- Propor ações contra o Estado ocupante pelos crimes cometidos de que seja responsável durante o período da sua ocupação.
- Abrir processos contra Israel pelos massacres que cometeu, a destruição de cidades e povoados e o deslocamento do povo palestino durante o período da Nakba (1947/1950).
- Lançar um apelo imediato para que a comissão internacional de inquérito em andamento no Conselho de Direitos Humanos investigue e encaminhe suas conclusões sobre a responsabilidade da ocupação por esses massacres e atos de terrorismo ao Tribunal Penal Internacional e ao Conselho de Segurança da ONU.
- Retomar a adesão às restantes convenções da ONU e organizações internacionais.
- Apresentar processos contra os EUA e a Grã-Bretanha por causa da Declaração de Balfour e exigir reconhecimento, desculpas e compensação.
- Limitar (Restringir) o relacionamento com a administração dos EUA.
- Atuar nos níveis árabe, islâmico e internacional para apoiar a postura palestina.
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