Dominique Strauss-Kahn quebra o silêncio

Em entrevista TF1, na Frana, ex-chefe do FMI reconhece falha moral. Seu arrependimento, no entanto, menos convincente do que seus conhecimentos econmicos



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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Dominique Strauss-Kahn voltou a ser o centro das atenções após dar sua primeira entrevista desde o escândalo da acusação de estupro pela camareira do Sofitel, em Nova York. No jornal televisivo da noite de domingo, no canal TF1, ele quebrou seu silêncio. "O que aconteceu não inclui violência, nem agressão ou qualquer ato criminoso. O que aconteceu não foi apenas uma relação inapropriada, mas uma falha", disse o ex-chefe do FMI com o semblante fechado. "É mais grave que uma fraqueza, é uma falha moral que não me deixa orgulhoso", acrescentou.

Mas o que de fato aconteceu? DSK não disse e a apresentadora do jornal Claire Chazal parece não ter se interessado. Em diversas vezes, ele evocou simplesmente o que o relatório do procurador de Nova York concluiu. A camareira Nafissatou Diallo mentiu. E basta. O ex-diretor geral do FMI deixou entender que foi vítima de uma armação. Mas a falta de curiosidade - ou de independência - da jornalista à sua frente não deixou o púlico saber mais do que isso.

Quanto às acusações da jornalista francesa Tristane Banon, ele negou qualquer ato de violência. Em depoimento à polícia francesa no dia 12 de setembro, ele teria confessado um beijo forçado, mas garantiu que suas intenções pararam ali. O caso está sendo apurado pela Justiça.

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De fato um homem com seu poder assumir publicamente que teve medo, "muito medo", impressiona e nos leva a quase acreditar em sua inocência. Mas assim que começou a falar dos conselhos políticos para a questão do Euro e da Grécia, sua máscara caiu. "DSK ficou mais confortável para mostrar sua competência que sua sinceridade", disse o ex-primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin. A questão é que os ensinamentos de Strauss-Kahn hoje têm agora pouco valor. Suas ambições de disputar a corrida pela presidência da França em 2012 foram abandonadas. "Tudo isso ficou para trás. Obviamente, eu não sou mais candidato. Mas continuo a pensar que a vitória da esquerda é necessária para nosso país". Quem sabe em 2017 ele não volte mais convicente.

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