Dinamarca, Suécia e Alemanha não fornecem prazos para investigação do caso Nord Stream; Rússia rechaça "inação"
"A natureza dos atos de sabotagem é inédita e as investigações são complexas", disse a carta dos países europeus
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Sputnik - Dinamarca, Suécia e Alemanha enviaram na segunda-feira (10) uma nova carta conjunta ao Conselho de Segurança da ONU sobre as investigações sobre as explosões nos gasodutos Nord Stream, dizendo que não podem fornecer prazos exatos para sua conclusão.
"Nenhuma das investigações foi concluída e, neste momento, ainda não é possível dizer quando elas serão concluídas. A natureza dos atos de sabotagem é inédita e as investigações são complexas", disse a carta, segundo Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca postou no Twitter.
Ao mesmo tempo, não há obstáculos para visitar os locais das explosões, diz a carta, acrescentando que "embora algumas atividades necessitem de licenças das autoridades competentes, todas as embarcações gozam da liberdade de navegação nos locais das explosões no exclusivo zonas econômicas da Dinamarca e da Suécia".
Além disso, ainda é impossível identificar os perpetradores e seus motivos, se foi "dirigida por um Estado ou por um ator estatal". "As autoridades da Federação Russa foram informadas sobre as investigações em andamento", acrescentou a carta.
RESPOSTA RUSSA - Os governos europeus estão fornecendo cobertura para as pessoas responsáveis pela sabotagem dos oleodutos Nord Stream, envolvendo-se em "inação demonstrativa", disse o embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, nesta terça-feira (10).
"A inação demonstrativa das autoridades europeias só pode ser explicada por uma coisa: tentativas de ganhar tempo para encobrir os verdadeiros autores do crime", disse Nebenzia durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, a mídia ocidental tenta popularizar versões absurdas sobre como e por que os oleodutos explodiram, acrescentou Nebenzia.
Os oleodutos Nord Stream, que foram construídos para fornecer gás sob o Mar Báltico da Rússia para a Alemanha, foram alvo de cargas explosivas em setembro de 2022. O jornalista investigativo americano Seymour Hersh detalhou, citando uma fonte conhecida, que o governo Joe Biden explodiu os oleodutos com a ajuda da Noruega. O governo dos EUA negou ter participado da explosão dos oleodutos. A operadora, Nord Stream AG, disse que os danos aos oleodutos não tinham precedentes e era impossível estimar o tempo que qualquer possível reparo poderia levar. Dinamarca, Alemanha e Noruega deixaram a Rússia fora de suas investigações sobre o ataque aos oleodutos, levando Moscou a lançar sua própria investigação sob a acusação de terrorismo internacional.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247