Dilma pede solução para crise e coesão de emergentes

Em reunio com representantes da ndia, Brasil e frica do Sul, na capital sul-africana, a presidente destacou que a crise expe a fragilidade da governana econmica global de alguns pases



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A união de discursos para enfrentar a crise econômica global foi o principal ponto do discurso dos presidentes dos três países que integram o grupo chamado Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) na reunião que está sendo realizada em Pretória, capital sul-africana. A presidente Dilma Rousseff destacou que a crise expõe a fragilidade da governança econômica global de alguns países e defendeu a participação dos países em desenvolvimento na busca de soluções "para impedir que a crise fique incontrolável, afetando o mundo".

Dilma ressaltou a necessidade de um acordo "credível" entre os países europeus e que é preciso que os três países do Ibas levem para a reunião do G-20, em novembro, uma mensagem de coesão política e coordenação macroeconômica. "Não podemos ficar reféns de visões ultrapassadas por paradigmas vazios de preocupação social em relação ao emprego e à riqueza dos povos", disse a presidente.

Ela acrescentou que é prioritário resolver o problema da dívida soberana. "É preciso resolver o quadro recessivo global e é inadiável a regulamentação do sistema financeiro que provoca a guerra cambial e estimula o protecionismo".

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A presidente defendeu ainda a busca da consolidação fiscal e a solidez dos sistemas bancários. "Sabemos que processos recessivos jamais levaram país algum a sair das crises e do desemprego. Temos credenciais sólidas para exigir capacidade de novos fundamentos para uma arquitetura financeira mundial".

Ela destacou a política adotada no Brasil para o combate à crise econômica. "O fortalecimento do mercado interno e política macroeconômica fiscalmente responsável são compatíveis com medidas de distribuição de renda e inclusão social".

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Reformas

Dilma lembrou que Índia, Brasil e África do Sul fizeram da rigorosa regulamentação financeira e da consolidação fiscal pré-requisitos da robustez de suas economias. Para a presidente, este legado deve se refletir no processo de reforma em curso no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial, conferindo a países emergentes um poder de voto equivalente ao seu peso crescente na economia mundial.

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Dilma disse ainda que as reformas dos organismos multilaterais acertadas em 2009 têm que ser levadas à cabo. "A presença de nossos países no Conselho de Segurança, neste ano de 2011, mostrou que dispomos de credenciais para assumir um acento permanente no Conselho de Segurança da ONU e dotar aquele órgão a legitimidade que lhe falta".

A presidente falou também da postura dos países em relação à crise no Oriente Médio e Norte da África. "Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger e pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. Na Síria defendemos o fim imediato da repressão e encorajamos o diálogo nacional para lograr uma saída não violenta", afirmou. Com relação a Líbia, lembrou que os três países atuaram pela certeza de que intervenções armadas não trazem a paz e nem protegem os direitos humanos. "Apenas agravam os conflitos ao invés de resolvê-los".

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Dilma comemorou o aumento do comércio entre os três países que passou de US$ 16 bilhões em 2010 e sinalizou que espera que em 2015 esse comércio chegue a US$ 30 milhões.

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