'Desconfiança e sanção': Itamaraty prepara ofício rejeitando exigências da UE para acordo

Ratificação para que o acordo entre em vigor parece estar cada vez mais distante de acontecer, mesmo com o bloco europeu indicando que a procura fazer até o final do ano

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto - 12.06.2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto - 12.06.2023 (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Sputnik - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está preparando um documento rejeitando as novas exigências ambientais para a assinatura do acordo UE-Mercosul. Atualmente, o texto está sendo analisado pelas áreas técnicas dos ministérios envolvidos na discussão, segundo a Folha de São Paulo.

A resposta brasileira deve trazer a discordância com a mudança e a avaliação de que, se forem aplicadas sanções, elas devem valer para os dois lados, e não somente para os países sul-americanos, relata a mídia.

continua após o anúncio

O presidente argentino, Alberto Fernández, também defendeu ontem (13) que a nova legislação derivada do Pacto Verde Europeu se baseie em provas científicas, para que não se constitua um "meio de discriminação arbitrário ou injustificável" no âmbito do acordo.

Nesta semana, durante a declaração conjunta entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Lula criticou a exigência ambiental extra que europeus querem no acordo com o Mercosul e disse que a premissa das negociações não deve ser "desconfiança e sanção".

continua após o anúncio

Ontem (13), o parlamento francês votou contra acordo UE-Mercosul argumentando as mesmas questões ambientais. Ao mesmo tempo, exigiram que se o pacto for ratificado, uma cláusula deverá existir dizendo que se Acordo de Paris for violado, o pacto deve ser desfeito, conforme noticiado.

Apesar da preocupação ambiental europeia ter certo sentido, especialistas analisam que a demora para se ratificar o acordo junto à resistência de alguns países-membros, como a França, acontece menos por questões ambientais e mais por protecionismo europeu de sua produção agrícola, a qual o pacto pode gerar concorrência.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247