Como não perder a cabeça (na confusão de hoje)

Bem-vindos à era das galinhas descabeçadas! O que uma vez foi um jogo de exploração e conquista, agora é luta pela sobrevivência na confusão do galinheiro



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As atitudes dos líderes, tanto na política quanto na economia, mudou várias vezes nas últimas décadas. Uma pergunta que se ouve frequentemente nas discussões entre consultores é: O que mudou? O mundo mesmo ou as pessoas, as novas gerações de líderes?

Antes e durante a última guerra mundial, nasceu a atitude de criar novos ambientes para novos mercados. A era seguinte foi marcada pelas reconstruções dos ambientes em formas modernas. Os anos 70 e 80 viram a expansão dos mercados existentes e os anos 90 iniciaram uma fase de consolidação e de monopolização aceleradas. No século 21, enfim, resultaram em concentrações gigantescas do capital e das empresas. Atualmente em 2011, 147 empresas transnacionais controlam 40% do capital mundial.

Com estas fases do mundo econômico chegaram novas estratégias e atitudes, não só por parte das empresas mas também dos seus líderes. A psicologia de um Thomas Edison foi o fator dominante no desenvolvimento da 'indústria' de Hollywood, assim como a psicologia de Henry Ford foi decisiva na industrialização das nações e nunca mais se mostraram personagens do mesmo tamanho. O inventor um pouco maluco e extravagante que chegou a ser multibilionário, foi substituído pelos estrategistas de marketing.

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Paralelamente, o foco deslocou-se da criação revolucionária e da pura inovação, para a substituição de produtos desenvolvidos só para serem obsoletos a curto prazo. De novos produtos a novos 'features', de novas idéias a novas aplicações. Muitos pensam que Bill Gates e Steve Jobs seriam da mesma tipologia que Ford ou Edison, mas eles foram mestres de uma máquina de propaganda aperfeiçoada para a perfeição da ilusão e da criação deliberada das lendas urbanas contemporâneas. A fase da expansão se tornou um ambiente predatório. Da era das raposas à era dos lobos.

Chegando no século 21, e os coelhos já eram, as raposas se venderam para os lobos, e os lobos mesmos começaram a massacrarem-se uns aos outros, sobrando só os mais agressivos e cruéis no mercado, e o resto, no pó ao lado da estrada. Para a maioria dos líderes, o tempo das conquistas mudou para um tempo de sobrevivência num mundo mais e mais menos previsível.

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A qualidade mais importante da liderança moderna se define pelas escolhas estratégicas dos aliados. Com que lobo fazer um parceria, vai decidir o futuro da empresa e em muitos casos, da carreira pessoal.

Bem-vindos à era das galinhas descabeçadas! O que uma vez foi um jogo de exploração e conquista, agora é luta pela sobrevivência na confusão do galinheiro. Como manter a visão da sua vida nestas circunstâncias e reverter o seu rumo em um novo jogo e em uma nova confiança em si mesmo?

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A primeira coisa imprescindível é tomar um tempo para refletir. Para muitas pessoas este passo parece o mais difícil. Uma opção inteligente é encontrar um acessor, que, com visão e grande habilidade, possa olhar a situação em questão com honestidade e imparcialidade. Fácil falar, difícil fazer. Têm uma chance altíssima de que as pessoas em volta de nós têm os mesmos 'blind spots' e as mesmas presunções que nós, pois estão na mesma barca, com o mesmo destino.

Precisa-se um novo olhar, uma nova vista da realidade atual. Existem empresas com profissionais que oferecem assistência para chegar a novas visões, eu mesmo trabalho para uma dessas, onde nós fazemos exatamente isso. Olhamos a nossa posição nos vários cenários e jogos nas nossas vidas e trabalhamos, sistemática e sistêmicamente para desenvolver uma nova auto definição, saber onde se quer chegar na vida pessoal e em seguida, tratar de implementar os planos e estratégias para os nossos objetivos.

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Para o líder de hoje é essencial sair das caixas que o mundo lhe impõe mais e mais. A globalização não trouxe uma vista mais ampla, mas sim, caixas ainda mais constritas e apertadas. O que 'a realidade impõe', permite sobrar cada vêz menos espaço para decisões individuais e, ao mesmo tempo, força mais e mais uma 'adaptação', isto é, fazer o que os outros determinaram.

Controlar os seus medos, o 'fear management', como proposta, não basta para os líderes de hoje. Desenvolver a inteligência emocional e a inteligência espiritual, são requisitos básicos para uma nova perspectiva existencial, que considere todas as dinâmicas de nossas vidas com rumo à nossa auto realização como ser humano. Se nós não fizermos isso, o líder de hoje logo logo será nada além de um dente na engrenagem, o que é totalmente desejável pelo e para o sistema, mas o custo para o empreendedor, o líder, é a perda do controle de si mesmo e do seu redor. A humanidade como 'entidade' sacrificaria o seu bem maior, a sua auto-determinação, o seu 'Humanismo'.

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