Chineses avançam no mercado interno da Argentina

H pelo menos 10 mil supermercados da China em todo o pas, que tm carto de crdito prprio e disputam clientes com as grandes redes estrangeiras

Chineses avançam no mercado interno da Argentina
Chineses avançam no mercado interno da Argentina (Foto: DARLEY SHEN/REUTERS)


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Agência Brasil – Na Argentina, os chineses avançam cada vez mais no mercado interno e na competição por espaços. Há pelo menos 10 mil supermercados chineses em todo o país, que têm cartão de crédito próprio e disputam clientes com as redes de hipermercados estrangeiras. A concorrência muda os hábitos dos consumidores argentinos, que têm optado pelo chamado supermercado chinês em vez dos hipermercados.

“O boom dos supermercados chineses na Argentina coincidiu com o aumento do número de imigrantes da China e a mudança de hábitos de consumo no país”, disse à Agência Brasil o presidente do Conselho Consultivo da Câmara de Comércio de Donos de Supermercados Chineses, Miguel Angel Calcete.

“Nas famílias modernas, o pai e a mãe trabalham e não têm tempo para ficar horas fazendo compras nos grandes supermercados. [Essas famílias] preferem comprar o que precisam para o dia no chinês da esquina, que tem de tudo um pouco e fica aberto até tarde”, explicou Calcete.

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Para os chineses, os pequenos supermercados são negócios de simples administração pois, entre outros aspectos, os responsáveis não precisam falar espanhol para vender seus produtos. No caso, o cliente pega o que deseja comprar na prateleira e paga pelo produto.

A facilidade tem permitido que cerca de 20 novos supermercados sejam abertos a cada mês na Argentina. De acordo com os especialistas, cada investidor chinês gasta, em média, US$ 200 mil e movimenta ate US$ 3,5 mil por dia. A capital argentina, Buenos Aires, é o principal foco das atenções dos investidores chineses.

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No entanto, nos últimos dois meses, esses investidores decidiram avançar em direção às cidades que têm cerca de 50 mil habitantes. O comércio cresceu tanto que os donos de supermercados chineses decidiram criar um fundo para financiar um cartão de credito próprio destinado aos aposentados e clientes das classes C e D. Segundo eles, essas pessoas não têm acesso fácil a empréstimos bancários.

O cartão de crédito chinês cobra juros inferiores a 26%, a taxa de inflação anual, medida por consultoras privadas. “Para mim é muito mais prático ir ao supermercado chinês do que a um grande supermercado. Eu gasto menos tempo, compro o que preciso para o dia e ainda tenho um cartão de crédito [que é mais] barato [do que o convencional]”, disse à Agência Brasil a contadora Graciela Tomasini.

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Ting Lei, filho de imigrantes chineses em Buenos Aires, disse que os chineses encontraram um nicho no Mercosul (bloco formado pela Argentina, pelo Brasil, Uruguai e Paraguai). “O Mercosul está reduzindo importações da China, mas os chineses na Argentina aprenderam a fazer negócios”, disse.

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