China vê com bons olhos presença de Macron na cúpula dos BRICS; Rússia teme "cavalo de Troia"

O interesse de Macron em comparecer à cúpula deve ser visto de uma perspectiva positiva, aponta o China Daily

(Foto: Xinhua)


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Por Li Yang, do China Daily – Citando fontes no Palácio do Eliseu, o jornal francês L'Opinion relatou na terça-feira que o presidente francês Emmanuel Macron havia solicitado ao seu homólogo sul-africano um convite para a próxima cúpula dos BRICS, que será realizada em Joanesburgo em agosto.

Embora nem Paris nem Joanesburgo tenham confirmado o relatório, Moscou instou o Palácio do Eliseu a explicar o propósito da presença proposta por Macron, uma vez que a França não é membro do grupo.

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"Seria bom se eles (o gabinete de Macron) dissessem por que eles querem (comparecer) à cúpula. Eles querem fazer contato novamente para mostrar a atividade de Paris ou é uma espécie de 'cavalo de Troia' - deixem-nos explicar", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, à imprensa em Moscou na quarta-feira.

Obviamente, como indicam os comentários de Zakharova, devido à frente unida que o Ocidente formou em apoio à Ucrânia em seu conflito com a Rússia, os outros membros dos BRICS enfrentam uma tremenda pressão do Ocidente. Ao ponto de Joanesburgo estar agora considerando se deve ou não sediar a cúpula.

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É claro que os BRICS estão enfrentando um grande desafio agora, uma vez que Washington não apenas está tentando criar divisões entre a China e a Índia, a Índia e a Rússia, e a China e o Brasil, mas também retratando o grupo como um possível desafiante da ordem internacional "baseada em regras", cujo livro de regras foi em grande parte escrito pelos países desenvolvidos.

Diante de tudo isso, os países dos BRICS devem permanecer unidos e ter em mente o quadro geral.

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O interesse de Macron em comparecer à cúpula deve ser visto de uma perspectiva positiva, pois mostra a importância do papel dos BRICS no cenário mundial. Sua presença na cúpula só elevaria o perfil do bloco e seria propícia para que a cúpula produza resultados concretos.

Mesmo que a França não seja membro da organização, isso não deve ser um obstáculo para que o líder francês participe da cúpula, o que ele poderia fazer como observador ou convidado especial. A autonomia estratégica da França deve ser valorizada e incentivada, e o potencial de Paris em contribuir para o fim do conflito na Ucrânia não deve ser subestimado. Macron de forma alguma é um representante de Washington, e sua presença deve ser bem-vinda no encontro.

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Espera-se que os outros membros dos BRICS possam oferecer mais apoio à África do Sul, ajudando-a a resistir à pressão ocidental e consolidando a confiança de Joanesburgo de que uma cúpula bem-sucedida seria uma grande contribuição para a paz e o desenvolvimento mundial.

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