China fará esforços concretos para solução política da crise na Ucrânia, diz enviado especial

Enviado chinês Li Hui manteve reuniões e conversas com o chanceler russo Sergey Lavrov e os vice-ministros das Relações Exteriores Andrey Rudenkon e Mikhail Galuzin em Moscou

Li Hui e Sergey Lavrov
Li Hui e Sergey Lavrov (Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Reuters)


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247 - Pequim impulsionará o diálogo com todas as partes envolvidas na crise ucraniana, incluindo a Rússia, e fará esforços concretos para chegar a um acordo político, disse o representante especial chinês para assuntos da Eurásia, Li Hui.

"Com base nas disposições do documento 'Posição da China sobre a solução política da crise ucraniana', Pequim continuará a impulsionar a cooperação e o diálogo com todas as partes, incluindo a Rússia, e fará esforços reais para uma solução política da crise ucraniana", disse Li durante reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, conforme citado em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China. Li, representante especial da China para assuntos da Eurásia e ex-embaixador na Rússia, manteve reuniões e conversas com Lavrov e os vice-ministros das Relações Exteriores Andrey Rudenkon e Mikhail Galuzin.

O MRE chinês afirmou após a reunião que a Rússia e a China continuariam a aumentar a cooperação bilateral e multilateral em várias áreas e enriquecer suas relações "em uma nova era". Os dois lados trocaram opiniões sobre as relações China-Rússia e um acordo político para a crise ucraniana e concordaram que a recente visita do presidente Xi Jinping à Rússia aprofundou ainda mais a confiança política mútua, disse a pasta.

A visita de Li à Rússia foi a parada final de uma viagem por vários países que Pequim disse ter como objetivo discutir um acordo político para a crise na Ucrânia.

Em fevereiro, a China divulgou um documento de 12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia", que ressalta o respeito pela soberania de todos os países, a cessação das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que algumas das disposições do plano podem ser a base para um acordo de paz, "se o Ocidente e Kiev estiverem prontos para isso". 

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Durante reunião na sexta-feira, Li e Galuzin expressou preocupação sobre possíveis consequências perigosas do envolvimento da Otan no conflito na Ucrânia, disse o MRE da Rússia. Ambos os países lamentaram que as nações ocidentais e as organizações internacionais não tenham reagido às violações de Kiev da lei humanitária internacional e suas obrigações no campo dos direitos humanos e liberdades, acrescentou o comunicado. 

Em encontro no sábado com o enviado Li, Lavrov confirmou o compromisso de Moscou com a resolução diplomática do conflito na Ucrânia, observando os obstáculos criados pelo lado ucraniano e seus apoiadores ocidentais para a retomada das negociações de paz. 

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O Wall Street Journal informou que oficiais ocidentais acreditam ser muito cedo para descartar os esforços de Pequim para mediar o conflito, mas questionaram a capacidade de o país asiático de ser um "intermediário honesto" em qualquer negociação, considerando o fortalecimento dos laços da China com a Rússia 

Na Europa, Li foi informado de que congelar o conflito "não é do interesse da comunidade internacional" a menos que haja retirada das tropas russas integralmente da Ucrânia, disse o Journal, citando um diplomata ocidental, que conversou com o enviado. A ideia de "autonomia estratégica da Europa" defendida por Li "é impossível" ​​e a Europa não encerrará seu apoio a Kiev, segundo diplomata relatou. (Com Sputnik). 

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