China exige que EUA parem de interferir e difamar Cuba

China condena as ações dos EUA e pede o fim da interferência e difamação contra Cuba

Wang Wenbin, porta-voz da Chancelaria chinesa
Wang Wenbin, porta-voz da Chancelaria chinesa (Foto: Chancelaria chinesa)


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Prensa Latina - A China exigiu nesta sexta-feira (9), que os Estados Unidos não se intrometam nos assuntos internos de Cuba e os acusou de propagar calúnias ao rejeitar um relatório sobre a suposta construção de um centro de espionagem na ilha caribenha. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, denunciou que a disseminação de rumores e difamação se tornou uma prática comum de Washington, que a utiliza para se intrometer nos assuntos de outras nações e acreditar ter o direito de monitorar tudo o que acontece no mundo. Ele criticou o país norte-americano por manter uma prisão em um território ocupado em Cuba, participar de atividades encobertas e cometer crimes contra a maior das Antilhas por mais de seis décadas.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores instou os Estados Unidos a refletirem sobre suas ações e abandonarem a interferência sob o pretexto de defender a liberdade, a democracia e os direitos humanos. Ele também os instou a ouvir o apelo internacional e suspender imediatamente o bloqueio econômico, financeiro e comercial, além de contribuir para melhorar as relações com Havana, pois isso beneficiaria ambas as partes, bem como a paz e a estabilidade da região. Wang se pronunciou dessa forma ao se opor à publicação do jornal norte-americano The Wall Street Journal sobre um suposto acordo militar entre Cuba e China para a instalação de uma base de espionagem. Na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do país antilhano classificou esse relatório como "informação totalmente falsa e infundada". O vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Fernández de Cossío, enfatizou que são falsidades promovidas com a intenção maliciosa de justificar o recrudescimento sem precedentes do bloqueio econômico de Washington contra a nação caribenha e as campanhas de desestabilização. Ele ressaltou que essas são tentativas de enganar a opinião pública nos Estados Unidos e no mundo, e acrescentou que são calúnias frequentemente fabricadas por funcionários americanos "aparentemente familiarizados com informações de inteligência". Como exemplo, mencionou os supostos ataques acústicos contra o pessoal diplomático norte-americano em Havana, a falsa alegação de uma inexistente presença militar cubana na Venezuela e a mentira sobre a existência imaginária de laboratórios de armas biológicas. 

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"Além dos direitos soberanos de defesa de Cuba, nosso país é signatário da Declaração da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, assinada em Havana em janeiro de 2014. Conforme esta declaração, rejeitamos qualquer presença militar estrangeira na América Latina e no Caribe", enfatizou. De acordo com esses princípios, a ilha também repudia as numerosas bases e efetivos militares dos Estados Unidos na região, especialmente a que atualmente ocupa ilegalmente uma porção do território cubano na província de Guantánamo, acrescentou. "A hostilidade dos Estados Unidos contra Cuba e as medidas extremas e cruéis que causam danos humanitários e punem o povo cubano não podem de forma alguma ser justificadas", concluiu o diplomata. 

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