Checos se despedem de ex-presidente Vaclav Havel
Dramaturgo dissidente lder de uma revoluo pacfica em 1989 que encerrou um regime comunista de dcadas na ento Checoslovquia, Havel morreu na manh do ltimo domingo
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Os checos se despedem nesta sexta-feira de Vaclav Havel, dramaturgo dissidente líder de uma revolução pacífica em 1989 que encerrou um regime comunista de décadas na então Checoslováquia. A mulher dele, Dagmar, familiares, amigos e líderes de dezenas de países se reuniram para homenageá-lo na Catedral de São Vito, em Praga. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, estavam entre homenageavam o ex-presidente.
Ao final da cerimônia, o caixão de Havel seria levado para um crematório, onde apenas a família participaria do funeral. A urna com as cinzas dele ficará em um cemitério ao lado de sua primeira mulher, Olga, que morreu em 1996.
Havel tornou-se presidente após a revolução e deixou o cargo em 2003. Ele morreu na manhã de domingo, no norte do país. Aos 75 anos, o ex-fumante compulsivo tinha um histórico de problemas respiratórios, desde a época em que esteve preso.
Após o anúncio da morte, os checos espontaneamente têm se reunido para depositar flores e velas em locais históricos para sua história, como o monumento à Revolução de Veludo de 1989, no centro de Praga, e a Praça Wenceslas, onde Havel uma vez falou a centenas de milhares de pessoas, para expressar seu rechaço ao repressivo regime comunista.
"A Europa tem uma profunda dívida com Havel", disse Cameron, antes de deixar Londres. "Havel liderou o povo checo para fora da tirania, e ajudou a trazer liberdade e democracia para todo o continente."
O arcebispo de Praga, Dominik Duka, que ficou algum tempo na prisão com Havel durante o regime comunista, liderava a cerimônia fúnebre. O ex-presidente polonês Lech Walesa, que liderou o movimento anticomunista Solidariedade, também estava presente.
O presidente checo, Vaclav Klaus, que era rival político de Havel, e dois de seus amigos - o ministro das Relações Exteriores, Karel Schwarzenberg, e a ex-secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright - também estavam presentes. Mesmo com o frio intenso, milhares de pessoas esperavam em longas filas para prestar uma última homenagem diante do caixão. As informações são da Associated Press.
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