Celulite, a revanche

Frana probe tcnicas de eliminao de gordura no-cirrgicas usadas por mais de 100 mil pessoas em decorrncia de complicaes em 23 pacientes; ser que essa moda pega aqui tambm?



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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – As vésperas da chegada do verão europeu, a França decretou o fim das técnicas de lipólise, que visam a destruição das celulites sem a necessidade de cirurgias. O motivo seriam os vários casos de complicações graves em pacientes. Considerado uma revolução na eliminação da gordura localizada, estima-se que o tratamento seja usado anualmente por mais de 100 mil franceses. Enquanto uma lipoaspiração pode custar entre 2 mil e 10 mil euros, uma sessão de lipólise sai por 300 a 600 euros. No Brasil, a prática está liberada. A medida provocou a fúria de milhares de profissionais do setor que ameçam recorrer na justiça e denunciar o lobby dos cirurgiões. Por outro lado, a União Europeia está prestes a anunciar a regulamentação da medicina estética - um área em pleno crescimento, mas que sofre de um vácuo normativo.

Segundo as novas regras francesas, todos os procedimentos não-cirúrgicos para remover as células de gordura estão proibidos. É o caso de soluções injetáveis com hypoosmolar, produtos lipolíticos e laser transcutâneo. O relatório francês também inclui a mesoterapia. Esta decisão surgiu em decorrência da publicação de um alerta da Alta Autoridade da Saúde (HAS), lançado na semana passada, relatando seqüelas graves de 23 pacientes. Dez mulheres tiveram de ser submetidas a uma intervenção cirúrgica. Na ausência de dados concretos para avaliar o uso da prática, não é possivel determinar a frequência das complicações em comparação com o número de procedimentos realizados. Por outro lado, segundo o HAS, é possivel explicar porque as técnicas de lipólise são perigosas. A introdução de um agente químico ou de calor no tecido adiposo representa uma agressão à pele. A ausência de aspiração de gordura degradada levanta também a dúvida do seu destino. Em teoria, ela seria destruída progressivamente pelo fígado e pelos rins. Mas qual o impacto disso sobre o corpo?

Outro problema levantado é que esses métodos de luta contra a gordura localizada não são considerados intervenções médicas na maioria dos países. Os tratamentos são oferecidos tanto em salões de beleza quanto em clínicas de estética. Associações de médicos e pacientes exigem que normas sejam adotadas para determinar quem, como e onde aplicar essas técnicas. Quem sabe assim o tratamento seja liberado e as francesas possam colocar a operação biquíni em prática?

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