Caça ao atirador de Toulouse impulsiona campanha de Sarkozy
Franceses apreciam imagem de serenidade e eficacidade usada pelo presidente durante a crise que se instalou no Pas aps os assassinatos de militares e judeus
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Sereno e eficaz. Essa foi a imagem que o presidente Nicolas Sarkozy conseguiu passar à população ao administrar a crise que se instalou no País após os assassinatos em Toulouse e Montauban. Sarkozy se beneficiou de sua posição de chefe de Estado e de candidato à reeleição ao enviar uma mensagem de união aos franceses. Tirando a polêmica do final da operação de lado, Mohamed Merah foi morto depois de abrir fogo contra os agentes do Raid após 32 horas de tocaia, a França saiu vitoriosa na guerra contra o terrorismo – pelo menos dessa vez.
O alerta contra a ameaça foi reforçado. "A partir de agora, quem consultar de maneira usual sites que defendem o terrorismo ou que incitem ao ódio e à violência será punido criminalmente", disse o chefe de Estado. "Qualquer pessoa que viajar ao exterior para seguir doutrinas de ideologias que levam ao terrorismo será punido criminalmente", acrescentou. E finalmente, "a propagação e a apologia de ideologias extremistas serão punidas por crime listado no Código Penal ".
O sentimento xenofóbico dos franceses, de certa forma, encontrou uma desculpa para ser exprimido sem vergonha. Tal movimento beneficiou o candidato que tem travado uma batalha contra a presença de imigrantes ilegais no país e discrimina culturas extremistas.
O impacto pode ser sentido na pesquisa eleitoral divulgada ontem. O presidente Nicolas Sarkzoy, reduziu a distância que o separa do candidato socialista François Hollande.
A pesquisa do instituto BVA foi feita na terça e quarta-feira, enquanto se desenrolava a caçada a Mohamed Merah. Hollande ainda lidera na simulação do primeiro turno, com 29,5 por cento, mas está tecnicamente empatado com Sarkozy, que tem 28.
O esquerdista Jean-Luc Melenchon passou de 9 para 14 por cento das intenções de voto em um mês, e pela primeira vez está à frente de Le Pen e do centrista François Bayrou.
Para o segundo turno, Hollande continua como favorito frente a Sarkozy, mas a vantagem caiu de 12 para 8 pontos.
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