Brasil pede investigação internacional sobre barragem na Ucrânia sem atribuir culpa à Rússia

Governo brasileiro solicita apuração imparcial e independente para o rompimento da barragem em meio a acusações entre Ucrânia e Rússia

Uma visão geral da barragem de Nova Kakhovka que foi rompida na região de Kherson, Ucrânia em 6 de junho de 2023 nesta captura de tela tirada de um vídeo obtido pela Reuters
Uma visão geral da barragem de Nova Kakhovka que foi rompida na região de Kherson, Ucrânia em 6 de junho de 2023 nesta captura de tela tirada de um vídeo obtido pela Reuters (Foto: Reuters)


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247 - O governo brasileiro está solicitando uma investigação internacional e independente em relação ao rompimento de uma barragem na Ucrânia, e diferentemente do presidente Volodymyr Zelensky, não está acusando a Rússia, informa o jornalista Jamil Chade, colunista do Uol. Enquanto Kiev culpa o Kremlin pelo suposto ataque, os ucranianos criticam a falta de ação da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no auxílio às populações afetadas pelas enchentes decorrentes do colapso dos muros de proteção da represa, afetando cerca de 42 mil pessoas.

Na outra ponta, o presidente russo, Vladimir Putin, acusa a Ucrânia de destruir a barragem por sugestão do Ocidente, classificando o incidente como um "crime de guerra bárbaro" que agravou o conflito com Moscou. A barragem de Kakhovka, construída na era soviética, estava atualmente sob controle russo quando ocorreu o rompimento.

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O governo brasileiro não é o único a evitar culpar a Rússia. O Reino Unido, aliado próximo de Kiev, reconhece que ainda não é possível afirmar com certeza absoluta que a destruição foi resultado de um ato militar russo, mas, se confirmado, seria considerado um gesto criminoso. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos também evitou apontar culpados, exigindo uma investigação completa e responsabilização dos envolvidos.

Em uma declaração oficial, o Itamaraty expressou consternação com o rompimento da barragem de Kakhovka. "O rompimento da barragem demonstra, uma vez mais, o trágico e duradouro impacto da guerra para as populações civis, e também a urgência da busca do entendimento entre as partes com vistas à cessação das hostilidades”, diz a nota

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O governo brasileiro está disposto a colaborar com as organizações internacionais competentes para mitigar as consequências do incidente. Além disso, considera indispensável uma apuração conduzida por uma entidade internacional isenta e independente. 

Ainda de acordo com a reportagem, o chanceler Mauro Vieira também realizou uma chamada telefônica com o Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, discutindo a segurança nuclear da usina de Zaporizhia, reafirmando o apoio ao trabalho técnico desenvolvido pela AIEA.

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