Blinken: rebelião do Grupo Wagner cria rachaduras na Rússia

Secretário de Estado dos EUA afirma que a rebelião de mercenários do Grupo Wagner abalou a estabilidade na Rússia, levantando preocupações sobre risco nuclear

(Foto: REUTERS)


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247 — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, declarou nesse domingo (25) que a rebelião liderada por mercenários do Grupo Wagner causou "rachaduras" no sistema político da Rússia. Ele expressou preocupação em relação ao risco nuclear, apesar de afirmar que não houve mudanças de postura por parte das autoridades russas.

"É chocante ver um movimento interno questionar diretamente a autoridade de Putin. Isso por si só é algo muito poderoso e cria rachaduras. Ainda é cedo para dizer para onde isso vai nos levar, mas claramente levanta questões que Putin terá que enfrentar", disse Blinken em entrevista à CNN Internacional.

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A instabilidade política resultante da rebelião de mercenários também suscita preocupações sobre a situação nuclear. Blinken ressaltou que sempre que um país como a Rússia demonstra sinais de instabilidade, é motivo de preocupação para a comunidade internacional. No entanto, o secretário de Estado afirmou que até o momento não foram observadas mudanças na postura russa em relação às armas nucleares, nem alterações na postura dos EUA.

Após a assinatura de um acordo, os combatentes do grupo Wagner estão deixando suas posições militares. O líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, concordou com o acordo para "evitar derramamento de sangue". Essa trégua pôs fim à maior crise militar interna vivenciada pela Rússia desde a chegada de Putin ao poder, em 1999.

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Prigozhin deixou a base militar no último domingo e rumou para Belarus, no entanto, ainda não há informações sobre sua chegada ao país vizinho.

Especialistas afirmam que esse episódio revela a fragilidade do governo de Putin. "O fato de os mercenários terem conseguido avançar quase 800 quilômetros sem encontrar resistência revela a fraqueza do poder russo, que foi um mito nos últimos 20 anos", disse Ulrich Bounat, analista geopolítico e pesquisador do Open Diplomacy Institute, à agência RFI.

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