Bangladesh solicita oficialmente adesão ao BRICS, Indonésia pode ser a seguinte

Pedido foi enviado após uma reunião entre a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em Genebra, na semana passada

(Foto: Mídia chinesa)


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Sputnik -  O gabinete da primeiro-ministra de Bangladesh confirmou à Sputnik o pedido de adesão do país ao BRICS. Segundo a informação, as negociações já estão em andamento e uma resposta é esperada em breve. Recentemente, o jornal Dhaka Tribune informou que Bangladesh solicitou formalmente sua adesão ao grupo BRICS, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O pedido foi enviado após uma reunião entre a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, e o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, em Genebra, na última quarta-feira (14), de acordo com os interlocutores da publicação.

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"Uma fonte revelou que, durante a discussão com a primeira-ministra Sheikh Hasina, o presidente sul-africano abordou a questão de forma positiva. O ministro das Relações Exteriores [de Bangladesh] Abdul Momen disse que uma carta formal de interesse para o atual presidente do BRICS e ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, foi enviada nesse sentido", diz o artigo.

Espera-se que as questões sobre a ampliação do BRICS sejam discutidas na próxima cúpula, a ser realizada na África do Sul em agosto deste ano.

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Bangladesh agora é reconhecido como um "amigo do BRICS" e participou da reunião dos ministros das Relações Exteriores dos "amigos do BRICS" na sexta-feira (16).

Hoje em dia, o BRICS reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Vários outros países pretendem se juntar ao bloco econômico, inclusive a Argentina, o Irã e, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores russo, a Indonésia, a Turquia, a Arábia Saudita e o Egito.

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Em 2022, o BRICS anunciou que pretende ampliar o número de países-membros para tornar a organização mais inclusiva. Alguns dos países que se diz estarem interessados em participar são a Indonésia, Turquia, Arábia Saudita e Argentina.

Benefícios da Indonésia entrar no BRICS

A esse respeito, a Sputnik obteve a opinião da especialista indonésia Geni Rina Sunaryo sobre as perspectivas de seu país ingressar no BRICS.

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Segundo ela, se a Indonésia se juntar ao bloco, poderá usá-lo como uma plataforma de influência internacional.

"Por exemplo, como a maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia pode usar sua posição para promover a cooperação regional dentro do BRICS, além de defender questões importantes como o comércio livre, o desenvolvimento sustentável, a cooperação nas áreas da energia e infraestrutura."

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A especialista nota que tal perspectiva permitirá que "a Indonésia desempenhe um papel ativo e construtivo na influência da política do BRICS e no fortalecimento da posição do país em nível global".

Sunaryo disse ainda que, se a Indonésia entrar no BRICS, "estará automaticamente motivada a melhorar a qualidade de sua economia", enfatizando que o país "terá que melhorar a competitividade da indústria e dos serviços" por meio de inovação, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

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A adesão ao BRICS, segundo Sunaryo, também pode oferecer à Indonésia "uma oportunidade de aprender com outros países-membros do BRICS no desenvolvimento de setores prioritários, como a educação, saúde e previdência social".

"No contexto da economia global, o BRICS ultrapassa até mesmo o Grupo dos Sete [G7], que inclui as democracias desenvolvidas – Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França, Itália e Japão. Dados do FMI mostram que, em 2022, o Produto Interno Bruto [PIB] total do BRICS foi de US$ 22,5 trilhões [R$ 108,4 trilhões], superando o PIB total do G7, que foi de US$ 21,4 trilhões [R$ 103,1 trilhões] no mesmo ano."

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