Atores de Hollywood podem entrar em greve após impasse nas negociações com os estúdios
Falta de acordo entre sindicato e produtores pode resultar na paralisação da produção cinematográfica e televisiva nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de 60 anos
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247 - O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) anunciou nesta quinta-feira (13) que encerrou as negociações com os grandes estúdios sem alcançar um acordo, aumentando a possibilidade de uma greve por parte dos atores. Com 160 mil membros, o sindicato afirmou que a "Alliance of Motion Picture and Television Producers" (AMPTP), a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão, não apresentou uma proposta justa em pontos cruciais para os membros do SAG-AFTRA, destaca o G1.
As negociações têm como foco o estabelecimento de melhores salários, benefícios e regulamentações relacionadas ao uso de inteligência artificial na produção de filmes e programas de televisão. O sindicato busca garantir que a imagem digital dos atores não seja recriada sem sua autorização. Além disso, os atores reivindicam pagamentos de "residuais" toda vez que um filme ou programa em que eles atuaram é exibido em emissoras ou na TV a cabo.
Se a greve se concretizar, será a primeira vez desde 1960 que atores e roteiristas de Hollywood entrarão em greve simultaneamente. Naquela ocasião, liderados pelo futuro presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, os atores conseguiram concessões dos estúdios por meio de uma ação conjunta.
A paralisação dupla, envolvendo tanto atores quanto roteiristas, pode interromper quase toda a produção cinematográfica e televisiva nos Estados Unidos, algo que não é visto em Hollywood há mais de 60 anos. Esse cenário preocupa a indústria, que ainda busca se recuperar dos impactos da pandemia. O possível impacto da greve inclui a promoção de lançamentos de filmes altamente aguardados, como "Oppenheimer", de Christopher Nolan, cuja pré-estreia nos Estados Unidos está programada para a próxima segunda-feira (17).
Além das demandas contratuais, como melhores salários e pagamentos de "residuais", os atores e roteiristas também buscam regulamentações claras sobre o uso da inteligência artificial. No entanto, até o momento, os estúdios têm resistido em ceder às exigências.
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