Ataques anti-semitas geram clima de pânico na França
Presidente Sarkozy instaurou o alerta escarlate, o mais alto nvel da operao anti-terrorista jamais usado na histria do pas. A medida prev a restrio de circulao em tneis, interrupo do trfego areo civil e limitao ou suspenso da distribuio de gua da torneira
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Roberta Namour – correspondente 247 – A França está de luto, com raiva e muito medo. O mais alto nível de alerta, jamais usado na história do País, foi declarado ontem pelo presidente Nicolas Sarkozy na região de Midi-Pyrénées e nos departamentos vizinhos de Aude e Lot-et-Garonne. A operação foi colocada em prática depois da fuzilada em uma escola judia em Toulouse. Um motoqueiro disparou contra alunos e professores, matando três crianças e um adulto. Especialistas afirmaram que o calibre usado corresponde aos ataques da semana passada em Toulouse e Montauban contra militares paraquedistas. Três morreram e um ficou gravemente ferido.
O governo não tardou a falar em crime anti-semita, o que propagou um clima de terror pelo país. Em ano eleitoral, qualquer cuidado é pouco. Além disso, a matança em série de cunho racial e religioso pode incitar novos ataques numa nação como essa, que tem um dos maiores índices de imigrantes da Europa.
O nível escarlate, de acordo com o Ministério do Interior é usado para "prevenir o risco de ataques de grande porte (simultâneos ou não) e garantir a continuidade da ação governamental".
Este é o último nível antes da aplicação de medidas de emergência previstas pela Constituição de 1958, e prevê o controle nos trens de grandes linhas, proibição ou restrição de circulação em túneis, interrupção do tráfego aéreo civil e limitação ou suspensão da distribuição de água da torneira. Se o governo achar necessário, as aulas podem ser suspensas, assim como os transportes coletivos, principalmente o metrô.
Desde 7 de Julho de 2005, quando ocorreram os atentados em Londres, o nível de alerta vermelho, terceiro na escala, foi mantido em permanência na França. Militares se revezam pelos principais pontos de circulação do país para reforçar a segurança, na chamada operação Vigipirate.
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