Após Primavera Árabe, salve-se quem puder

Conflitos religiosos saem do controle no Egito; cristos se dizem perseguidos; relutncia do exrcito em completar a transio da ditadura de Hosni Mubarak para a democracia ampliam a tenso; 24 pessoas foram mortas neste domingo



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Os confrontos entre manifestantes cristãos e as forças de segurança do Egito recomeçaram nesta segunda-feira, segundo fontes do setor de segurança. Centenas de pessoas lançavam pedras contra policiais, nas proximidades de um hospital no centro do Cairo. Um toque de recolher foi imposto durante a madrugada e suspenso às 7h (2h de Brasília).

Pelo menos 24 pessoas foram mortas e 212 ficaram feridas quando cristãos, furiosos com um recente ataque a uma igreja, entraram em confronto na noite de domingo com muçulmanos e as forças de segurança nas proximidades da televisão estatal, no centro da capital egípcia.

As fontes oficiais disseram que os confrontos desta segunda-feira ocorrem perto de um hospital no Cairo onde são mantidos corpos das vítimas cristãs. Os funcionários pediram anonimato, pois não podiam falar à imprensa, e não tinham informações sobre mais feridos ou mortos.

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O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, convocou uma reunião do gabinete de emergência após os confrontos do domingo, informou a TV estatal, e pediu calma ao país. A maioria dos 24 mortos era de cristãos coptas. A reunião, que deve ocorrer na tarde desta segunda-feira ocorre após pelo menos 40 pessoas serem presas no centro do Cairo durante a noite, após manifestações de coptas no distrito de Maspero. Mais de 200 pessoas ficaram feridas na violência.

A maior autoridade muçulmana do Egito, o Grande Imã de Al-Azhar Ahmed al-Tayyeb, convocou um diálogo de emergência entre líderes muçulmanos e cristãos, após os piores confrontos desde a queda do presidente Hosni Mubarak em fevereiro, informou a TV estatal.

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Os confrontos no distrito de Maspero ocorreram quando cristãos coptas protestavam contra um recente ataque a uma igreja na cidade de Assuã, no sul egípcio. Os coptas reclamam de discriminação sistemática no país. Além disso, desde a queda de Mubarak, a tensão tem crescido entre os grupos responsáveis pela revolta que acabou com a ditadura e o Exército, visto como relutante na realização de reformas democráticas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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