Ao fornecer bomba de fragmentação à Ucrânia, EUA admitem que de fato cometem crime de guerra, diz embaixada russa em Washington

Fornecimento de bomba de fragmentação viola o direito internacional

Anatoly Antonov
Anatoly Antonov (Foto: Anton Novoderezhkin/TASS)


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TASS - A administração dos Estados Unidos, de fato, admitiu cometer crimes de guerra na Ucrânia, afirmou a Embaixada Russa em Washington em reação a uma declaração do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, sobre o fornecimento de munições de fragmentação para o regime de Kiev. "Tomamos conhecimento das declarações do diretor de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, sobre o fornecimento de munições de fragmentação para a Ucrânia. O oficial de fato confessou que os Estados Unidos cometeram crimes de guerra durante o conflito ucraniano. Ele afirmou abertamente que civis seriam vítimas das armas do tipo cluster [dos EUA]. De acordo com a visão distorcida do representante da Casa Branca, isso causa menos danos do que as ações da Rússia", observou a missão diplomática russa. "Se houver alguma lógica por trás da decisão da Administração de transferir munições de fragmentação, resume-se a 'não vai piorar'. Os Estados Unidos estão prontos para destruir vidas longe de suas próprias fronteiras com as mãos dos ucranianos", acrescentou a embaixada.

De acordo com os diplomatas russos, a administração dos Estados Unidos está envolvida nisso "apenas pelo sonho inatingível da derrota estratégica da Federação Russa, que defende seu povo e sua terra. Nós lutamos contra criminosos em Kiev que apoiam os terroristas do Azov (um batalhão nacionalista proibido na Rússia - TASS), enquanto os Estados Unidos estão ajudando os nazistas ucranianos a cometer atos desumanos". Em entrevista transmitida no domingo, Kirby insistiu que Washington estava fornecendo munições de fragmentação ao regime de Kiev para repor rapidamente os projéteis de artilharia convencional que as forças armadas ucranianas estão ficando sem. "Estamos tentando aumentar nossa produção do tipo de projéteis de artilharia que eles estão usando mais. Mas essa produção ainda não está onde queríamos", disse o oficial da Casa Branca. "Portanto, veremos esses projéteis de artilharia adicionais que contêm bombas de fragmentação para ajudar a preencher a lacuna enquanto aumentamos a produção de projéteis de artilharia normais de 155 mm", acrescentou. Farhan Haq, porta-voz adjunto do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou anteriormente que o chefe da ONU apoia a Convenção sobre Munições de Fragmentação e se opõe ao uso desse tipo de armamento no campo de batalha.

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Quando detonadas no ar, as munições de fragmentação espalham dezenas de pequenas bombas sobre uma área de dezenas de metros quadrados. Se não explodirem imediatamente, essas bombas representam uma ameaça para os civis muito tempo depois do fim de qualquer conflito. A Convenção sobre Munições de Fragmentação foi assinada em 2008. Até agora, 111 países aderiram a ela, enquanto outros 12 países assinaram o documento, mas ainda não o ratificaram. De acordo com a Human Rights Watch, a taxa de falhas das munições de fragmentação costuma ser muito maior do que o nível declarado, o que resulta em vítimas civis.

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