Anúncio da Arábia Saudita sobre petróleo pode prejudicar nova política da Petrobras
A Petrobras será pressionada pelo governo para manter os preços mais baixos na ponta
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Sputnik - A decisão saudita pode atrapalhar os planos da Petrobras a longo prazo, visto que a estatal brasileira anunciou sua nova política de preços no mês passado sob um contexto de queda da cotação internacional do petróleo.
Ontem (4), a OPEP+ chegou a um acordo para estender os cortes de produção até 2024 e dar aos Emirados Árabes Unidos uma cota maior no próximo ano. A Arábia Saudita anunciou que fará um corte voluntário adicional de um milhão de barris de petróleo por dia, como parte de um acordo fechado pela OPEP+.
A decisão colocará pressão na alta dos preços, e sendo assim, quanto maior a cotação da commodity no mercado internacional, pior a vida da estatal, uma vez que a petrolífera abandonou a política de paridade internacional.
Ou seja, de um lado, a Petrobras será pressionada pelo governo para manter os preços mais baixos na ponta. Do outro, sofrerá críticas se passar a absorver o prejuízo dessa conta, segundo o jornal O Globo.
A Arábia Saudita é o maior exportador do mundo de petróleo, respondendo por 17% das vendas globais. O barril caiu de US$ 100 (R$ 493), no segundo semestre do ano passado, para o patamar de US$ 70 (R$ 345) atualmente, contudo, os sauditas têm expectativa de subir o valor para ao menos US$ 80 (R$ 394), relata a mídia.
O jornal também sinaliza que a ofensiva para elevar os preços pode não parar por aí. Na manhã desta segunda-feira (5), a cotação subiu com força. Por volta das 10h30, os contratos futuros com vencimento em julho de 2023 eram negociados em alta de 2,17%, a US$ 73,30 (R$ 393).
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