Antes de possível visita de Putin, partido governista da África do Sul decide se retirar do TPI

Decisão foi anunciada pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, participam de uma cerimônia à margem da cúpula dos Brics em Joanesburgo, África do Sul, 26 de julho de 2018
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, participam de uma cerimônia à margem da cúpula dos Brics em Joanesburgo, África do Sul, 26 de julho de 2018 (Foto: Alexei Nikolsky/Kremlin via Reuters)


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247 - O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta terça-feira (25) que seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), decidiu que a África do Sul deve se retirar do Tribunal Penal Internacional (TPI), que, no mês passado, emitiu um mandado de prisão contra um grande convidado da próxima Cúpula dos Brics no país: o presidente russo, Vladimir Putin. 

O mandado contra Putin por supostos crimes de guerra na Ucrânia, que a Rússia nega, significa que Pretória teria que detê-lo na chegada. No entanto, a África do Sul é uma grande aliada da Rússia e já contrariou decisões semelhantes no passado. Além disso, a Rússia não reconhece o TPI e qualquer decisão do TPI contra cidadãos russos é nula para Moscou. 

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“Sim, o partido do governo… tomou a decisão de que é prudente que a África do Sul se retire do TPI”, disse Ramaphosa durante uma entrevista coletiva com o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto.

Ramaphosa disse que a decisão, que se segue a uma reunião de fim de semana do CNA, foi tomada “em grande parte” por causa do "tratamento injusto do tribunal a certos países".

“Gostaríamos que esta questão de tratamento injusto fosse devidamente discutida, mas enquanto isso, o partido governista decidiu mais uma vez que deveria haver uma retirada”, disse ele.

O Kremlin confirmou nesta segunda-feira (24) que o convite a Putin para a Cúpula dos Brics foi recebido, mas ainda não tomou uma decisão. 

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Não é a primeira vez que a África do Sul tenta se retirar do TPI. O país tentou fazer isso em 2016 após uma disputa um ano antes, quando o então presidente do Sudão, Omar al-Bashir, visitou a África do Sul para uma cúpula da União Africana. As autoridades se recusaram a prendê-lo, apesar de al-Bashir enfrentar um mandado de prisão do TPI. 

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