Alerta máximo no Japão
Vazamento de plutnio, umcombustvel nuclearmais nocivo do que o urnio, amplia risco de contaminao
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247 – O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, confirmou nesta terça-feira que houve vazamento de plutônio na usina nuclear de Fukushima. Kan também decretou situação de alerta máximo na região. De acordo com a Tokio Eletric Power, que opera os reatores de Fukushima, houve vazamento de plutônio 238, 239 e 240 – este material também é usado como combustível nuclear, sendo muito mais perigoso do que o próprio urânio.
O governo japonês também solicitou que a empresa francesa Areva envie uma equipe de especialistas ao País para solucionar o problema. O combustível que vazou chama-se MOX e contém 5% de urânio e 5% de plutônio. Produzido pela Areva, que fez intenso lobby no Brasil nos últimos anos pela ampliação do programa nuclear, ele é bem mais radioativo do que os combustíveis nucleares que utilizam apenas o urânio.
De acordo com a ONG Greenpeace, foram encontrados resíduos com esses materiais a 40 quilômetros da usina de Fukushima. No Japão, a cifra de mortos já alcança 11.004 pessoas. Além disso, contam-se 17.339 desaparecidos e 250 mil pessoas estão morando em abrigos do governo, em função dos altos níveis de radiação nas regiões onde viviam.
Depois da catástrofe japonesa, a Eletronuclear, que administra as centrais nucleares de Angra dos Reis (duas em operação e uma em construção), elaborou um novo plano de segurança, com melhoria das encostas, sujeitas a permanentes desmoronamentos, e uma rota de fuga até pelo mar. Serão construídos dois píeres para que a população possa deixar a cidade de Angra dos Reis em barcos e navios, em caso de congestionamento terrestre.
No Brasil, a fonte nuclear é a mais cara e mais ineficiente de todas – até mesmo a energia eólica já é mais barata do que a produzida nas centrais nucleares. A energia hidrelétrica, cujo potencial ainda não está esgotado no Brasil, custa 50% a menos do que a produzida nas usinas de Angra.
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