Alemanha firma acordo de energia de longo prazo com os EUA
Berlim assinou um contrato de 20 anos para a importação de GNL para substituir o gás russo
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RT — Berlim assinou um contrato de 20 anos sobre importação de gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, com o objetivo de garantir o abastecimento energético enquanto se afasta das entregas da Rússia.
O acordo de 20 anos foi firmado na quinta-feira entre a Securing Energy for Europe (SEFE) da Alemanha e a empresa americana Venture Global LNG. A importadora de gás SEFE era anteriormente uma subsidiária da gigante energética russa Gazprom, conhecida como Gazprom Germania.
O novo acordo fornecerá a Berlim 2,25 milhões de toneladas de GNL anualmente. Também fará com que a Venture Global se torne o maior fornecedor de GNL da Alemanha, com um total combinado de 4,25 milhões de toneladas de GNL por ano, afirmou a empresa.
"A Venture Global está entusiasmada em iniciar uma parceria estratégica com a SEFE, tornando nossa empresa o maior fornecedor de GNL de longo prazo para a Alemanha", disse o CEO Mike Sabel, que descreveu a SEFE como um importante aliado dos EUA.
A Venture Global entregará combustível super-resfriado a partir de seu projeto de GNL Calcasieu Pass 2 (CP2) à subsidiária da SEFE, Wingas. A construção do CP2 está programada para o final deste ano, e espera-se que o terminal tenha uma capacidade de 20 milhões de toneladas por ano de GNL.
"Ao unir forças com a Venture Global LNG, a SEFE dá mais um passo importante em nossa missão de garantir energia para os clientes alemães e europeus e atender à demanda energética da região", disse o CEO da SEFE, Egbert Laege.
Antes do conflito na Ucrânia, a maior economia da UE atendia até 40% de sua demanda com gás proveniente da Rússia. No ano passado, Berlim reduziu sua dependência do combustível proveniente do país sancionado, substituindo-o por importações de GNL dos EUA e do Oriente Médio.
Atualmente, a Alemanha recebe GNL por meio de terminais flutuantes em Wilhelmshaven, Lubmin e Brunsbüttel. O país está rapidamente construindo sua própria infraestrutura para substituir as fontes de suprimento de gás natural da Rússia.
Em março, o deputado do Bundestag Andrej Hunko alertou contra a dependência excessiva de GNL dos EUA, que ele afirmou ser "muito mais caro e pior do ponto de vista ecológico".
Hunko alertou que a Alemanha pagou caro pelas explosões ocorridas nos gasodutos Nord Stream no ano passado, que forneciam gás natural barato da Rússia. A sabotagem da rota transformou a dependência da Alemanha em relação ao gás natural russo em uma dependência do GNL dos EUA, argumentou o político.
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