A paz está com as mulheres

Trs africanas levam o Prmio Nobel da Paz de 2011. A presidente da Libria, Ellen Johnson-Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee e a jornalista iemenita Tawakkul Karman foram reconhecidas pela luta pela democracia e pelo direito das mulheres



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247, com Agência Estado – Na manhã desta sexta-feira, o Prêmio Nobel da Paz deste ano foi anunciado em Oslo. A nomeação foi consagrada a três mulheres africanas: a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman. A informação é da BBC.

Johnson-Sirleaf e Gbowee foram escolhidas por mobilizar as mulheres liberaianas contra a guerra civil no país. Karman foi reconhecida por sua luta pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iêmen. As vencedoras receberão uma medalha de ouro, um diploma e dividirão a soma de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões).

O Comitê destacou o trio "por sua luta pacífica pela segurança da mulher e pelos direitos das mulheres para participar totalmente nos trabalhos de construção da paz". "Não podemos alcançar a democracia e uma paz duradoura no mundo, a menos que as mulheres obtenham as mesmas oportunidades que os homens para influir nos fatos em todos os níveis da sociedade", anunciou o comitê do prêmio.

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Karman tem 32 anos e é mãe de três filhos. Ela lidera o grupo de direitos humanos Mulheres Jornalistas Sem Correntes. Teve destacada participação nos protestos contra o presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, iniciados em janeiro como parte da chamada Primavera Árabe, onda de revoltas contra o autoritarismo que tem convulsionado o mundo árabe. "Estou muito, muito feliz por este prêmio", disse ela à Associated Press. "Dedico o prêmio à juventude da revolução no Iêmen e ao povo iemenita", afirmou. "Eu dedico isso a todos os ativistas da Primavera Árabe", afirmou ela em outra entrevista, à rede Al-Arabiya.

O presidente do comitê do prêmio, Thorbjoern Jagland, destacou que o trabalho de Karman começou antes das revoltas árabes. "Muitos anos antes de que as revoluções começassem, ela se levantou conta um dos regimes mais autoritários e autocráticos do mundo", disse ele.

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Já a presidente Johnson Sirleaf, de 72 anos, é uma economista formada na Universidade Harvard, que em 2005 se converteu na primeira mulher a ser eleita democraticamente em um país da África. Sirleaf enfrenta eleições presidenciais este mês. A Libéria sofreu com anos de guerra civil, até 2003, e com ajuda de tropas das Nações Unidas segue lutando para manter uma frágil paz. Ela era vista como reformista e pacifista quando assumiu a presidência, porém seus rivais agora a acusam de comprar votos e utilizar fundos do governo para se promover na atual campanha, o que ela nega.

Gbowee, a terceira ganhadora do Nobel, organizou um grupo de mulheres cristãs e muçulmanas para desafiar os líderes militares liberianos e foi reconhecida por mobilizar mulheres "para além das linhas divisórias étnicas e religiosas para pôr um fim à guerra na Libéria e para assegurar a participação das mulheres nas eleições". As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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Nos últimos anos, o prêmio causou muito polêmica. No ano passado, o governo chinês protestou contra a escolha do ativista chinês Liu Xiaobo, que cumpre uma pena de 11 anos em prisão domiciliar na China por organizar um manifesto pró-democracia. E em 2009, o eleito foi o presidente americano, Barack Obama, que até hoje não cumpriu sua promessa de campanha de desativar a prisão da base americana na baía de Guantánamo.

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