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Este beb vai nascer amanh na ndia, simbolizando a populao global de 7 bilhes de pessoas; o desafio do sculo XXI abrigar tanta gente, sem esgotar os recursos naturais

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7.000.000.000, bem-vindo (Foto: Edgard Garrido/ Reuters)


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Lucas Reginato_247 – Nesta segunda-feira 31, o nascimento de um bebê, provavelmente na Índia, marcará simbolicamente a chegada do sétimo bilionésimo habitante do planeta. O país foi escolhido pela ONU – Organização das Nações Unidas – por probabilidade, já que, apesar de não liderar em termos de população – 1,2 bilhão de pessoas, contra 1,4 bilhão de chineses – tem uma das maiores taxas de natalidade do mundo.

O crescimento demográfico global acontece de forma cada vez mais rápida. Segundo dados da ONU, que faz a contagem oficial, a população mundial atingiu o primeiro bilhão em 1800 e chegou à marca dos dois bilhões somente 130 anos depois. Apenas nos últimos 50 anos, porém, este número mais que dobrou: a população passou de três bilhões para sete bilhões (veja tabela abaixo).

Os desafios para abrigar com sustentabilidade uma população tão numerosa são diversos. Apesar de o esgotamento da água potável e dos recursos naturais sempre ter levantado teorias apocalípticas – como a do economista inglês Thomas Malthus, que em 1798 publicou ensaio em que anunciava a proximidade de uma escassez geral de recursos necessários para a sobrevivência humana – o tema vem sendo debatido cada vez com mais preocupação e seriedade, tomando-se até mesmo o cuidado, em encontros internacionais, de serem estabelecidos limites de emissões de gases e gastos de recursos para cada nação, especialmente as desenvolvidas.

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Historicamente, vivemos numa época considerada farta em relação a outras, que utilizavam pouca – ou nada – tecnologia para a produção de alimentos. A previsão da FAO – braço da ONU para Agricultura e Alimentação – é de que para alimentar a população até 2050, a produção de alimentos precisa crescer 70%. A entidade também diz que a alta no preço dos alimentos foi o motivo para que 70 milhões de pessoas fossem empurradas para a linha da miséria nos últimos dois anos. Entre 2005 e 2008, os preços do milho e do trigo triplicaram, enquanto o arroz esteve cinco vezes mais caro.

A UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas – lançou nesta semana um estudo que analisa as estatísticas e a real situação de um planeta com sete bilhões de pessoas. O relatório não tem o tom pessimista natural das análises mais técnicas, mas concorda que o investimento nas pessoas precisa ser feito imediatamente, e o planejamento deve ser palavra de ordem para todos os governos.

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Uma coisa é certa, e esse é um dado positivo: se um número tão grande de pessoas coabita a Terra, isso se deve ao aumento da expectativa de vida e à maior oferta de condições – principalmente na área da saúde – para que as pessoas vivam de forma saudável. O grande desafio é aliar o crescimento qualitativo com o quantitativo e manter as taxas de natalidade sob controle.

Alguns especialistas acreditam que o ritmo de crescimento deve diminuir. A marca de oito bilhões deve ser alcançada apenas por volta de 2030, e a de nove, em 2050. A preocupação, no entanto, deve ser imediata. Até porque, desde que você começou a ler esta matéria, algumas centenas de bebês nasceram para compartilhar as tristezas e as felicidades deste mundo.

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Crescimento da população no mundo. Fonte: ONU

População Ano

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1 bilhão 1800

2 bilhões 1930

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3 bilhões 1960

4 bilhões 1974

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5 bilhões 1987

6 bilhões 1999

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7 bilhões 2011

8 bilhões 2025

9 bilhões 2045

10 bilhões 2085

 

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