37 anos após Revolução dos Cravos, economia asfixia Portugal
Pas tem 600 mil desempregados e negocia pacote de 10 bilhes de euros com o FMI
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247 (com Agências Internacionais)_ Trinta e sete anos atrás, um gesto ingênuo se tornou o símbolo de uma revolução. Em 25 de abril de 1974, quando os militares rebeldes desferiam um golpe contra a ditadura portuguesa fundada em 1932 por Antônio Salazar e representada, naquele momento, por Marcelo Caetano, uma florista deu um cravo a um soldado. E ele o colocou no cano de sua arma. Consumava-se ali, em Lisboa, a Revolução dos Cravos, tramada em suas vésperas, que destituiu Caetano, instalou o general Antônio Spínola na Presidência e, dois anos depois, também em 25 de abril, dava ao país sua primeira constituição democrática em décadas. Hoje, Portugal parece necessitar de outra revolução, mas econômica, que tire o país do atoleiro financeiro em que se encontra.
“Governos de direita nos últimos 35 anos traíram os valores e os ideais de abril”, discursou, em meio às discretas comemorações pelo aniversário da Revolução dos Cravos, o líder do Partido Comunista Português, Carvalho da Silva. Com 600 mil desempregados e nenhuma perspectiva de crescimento a curto prazo, o país está negociando uma ajuda de 10 bilhões de euros junto ao Fundo Monetário Internacional. Depois de ter seu rating rebaixado duas vezes, no final de março, pelas agências de classificação de risco Moody´s e Standar & Poor’s, Portugal viu os títulos da dívida do país serem cotados como um dos três mais arriscados do mundo, atrás apenas da Venezuela e da Grécia.
“Esse período de três anos pelo qual estamos passando é o de maior crise nos últimos cem anos para Portugal”, definiu o atual primeiro-ministro, José Sócrates. Seu cargo está a prêmio. O presidente Cavaco Silva já convocou eleições legislativas para o dia 5 de junho. É mais uma chance de os portugueses tentarem acertar suas contas rumo a uma melhor situação econômica. De acordo com projeções da Standard & Poor´s, o PIB do país deverá declinar 3,4% ente 2011 e 2012.
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